Artigo: Novos Modeladores de Mecanismo de Controlo de Qualidade da Expressão Génica

A revista Nucleic Acids Research publicou recentemente um estudo conduzido por investigadores do BioISI e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge), que pode abrir caminho a terapêuticas inovadoras no tratamento de doenças genéticas e do cancro.

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Este trabalho, coordenado por Luísa Romão, investigadora do Instituto Ricardo Jorge, identificou novos determinantes de um importante mecanismo celular de controlo de qualidade da expressão génica — a degradação do RNA mensageiro (mRNA) mediado por mutaçõesnonsense.

A presença de mutações nonsense no mRNA pode terminar prematuramente a síntese proteica e levar à consequente produção de proteínas mais curtas, geralmente não funcionais e prejudiciais para as células. O mecanismo de degradação do RNA mensageiro (mRNA) mediado por mutações nonsense deteta os mRNAs portadores destas mutações nonsense e degrada-os antes que estes sejam traduzidos em proteína, impedindo assim a síntese de proteínas truncadas.

Os investigadores utilizaram como modelo experimental células em cultura em que foram transfetados, ou seja incorporados, genes de globinas humanas portadores de mutações nonsense causadoras de hemoglobinopatias. Este trabalho é importante para a compreensão dos mecanismos moleculares que estão na origem de doenças causadas por mutações nonsense.

“Um terço das mutações associadas a doenças genéticas e a muitas formas de cancro causam a terminação prematura da síntese proteica”, explica Luísa Romão. Assim, “os resultados obtidos poderão contribuir para a identificação de novos alvos terapêuticos e para o desenvolvimento de novas terapias”, refere a investigadora.

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Relatório da OMS Europa Sobre o Plano Nacional de Saúde: Revisão e Extensão a 2020

Apresentações de 13 de julho de 2015 e Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) na sessão sobre o Plano Nacional de Saúde (PNS) 2012-2016 com a Diretora Regional da OMS para a Europa.

Informação do INSA:

Zsuzsanna Jakab, diretora da OMS Europa

A diretora regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Zsuzsanna Jakab (na foto), participou esta segunda-feira, 13 de julho, numa sessão sobre o Plano Nacional de Saúde (PNS): Revisão e Extensão a 2020. Durante o evento, a responsável considerou que a prevenção de doenças é essencial nos próximos anos, designadamente na área alimentar, uma das que mais contribui para anos de vida perdidos em Portugal.

Recorde-se que o Ministério da Saúde aprovou, no passado mês de maio, a atualização do PNS, documento que foi ainda estendido até 2020, na sequência do trabalho desenvolvido ao longo do último ano com os vários stakeholders da Saúde, seguindo as Grande Opções do Plano para 2015, bem como as recomendações e acompanhamento da OMS Europa no relatório sobre a implementação do PNS 2012-2016.

O documento contempla ainda os contributos do Conselho Consultivo e de Acompanhamento e do Grupo de Peritos do PNS. Ao Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge são atribuídas, estatutariamente, funções de avaliação da execução e resultados das políticas, do Plano Nacional de Saúde e programas de saúde do Ministério da Saúde.

No final da cerimónia, a diretora regional da OMS repetiu que Portugal precisa de “fazer um esforço na área do tabagismo, da obesidade, da obesidade infantil e de todos os problemas associados à alimentação e à nutrição, como o excessivo consumo de sal, açúcar e gorduras, e ainda em relação à promoção do exercício físico”.

A extensão do Plano Nacional de Saúde para 2020 traça precisamente o combate à obesidade infantil como uma das principais metas, a par com a redução do tabagismo, com o aumento da esperança de vida saudável aos 65 anos e com o decréscimo da mortalidade antes dos 70 anos (mortalidade prematura).

“Estão a fazer um bom progresso no que toca à esperança média de vida e à redução da mortalidade prematura. No entanto, como acontece em todo o mundo, as doenças crónicas não transmissíveis são um grande desafio, um grande problema, portanto, é preciso de continuar o nosso trabalho nessa área”, declarou Zsuzsanna Jakab, citada pela Agência Lusa.

Veja também, por nós publicado:

Plano Nacional de Saúde (PNS): Revisão e Extensão a 2020

Vacinas Contra o Papiloma Vírus Humano – Início da Revisão de Segurança – Infarmed

Circular Informativa N.º 132/CD/550.20.001. Infarmed Data: 13/07/2015

Para: Divulgação geral
Contacto: Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI); Tel. 21 798 7373; Fax: 21 111 7552; E-mail: cimi@infarmed.pt; Linha do Medicamento: 800 222 444
A Agência Europeia do Medicamento (EMA) iniciou a revisão de segurança das vacinas contra o papiloma vírus humano (HPV). Esta revisão tem como objetivo caracterizar o perfil de segurança destas vacinas, não estando em causa a sua relação benefício-risco.Em Portugal, encontram-se comercializadas as vacinas Cervarix e Gardasil, indicadas na prevenção das doenças causadas pela infeção por HPV, como o cancro do colo do útero e outras complicações.

A vacina contra o HPV pertence ao Plano Nacional de Vacinação desde 2008.

Em todo o mundo, estas vacinas já foram utilizadas por cerca de 72 milhões de pessoas.

Esta revisão de segurança vai analisar os dados sobre duas condições que, apesar de raras, têm sido notificadas após a vacinação, mas que também podem ocorrer em indivíduos não vacinados: síndrome de dor regional complexa (SDRC) e síndrome de taquicardia ortostática postural (STOP).Em Portugal, não há casos notificados destas síndromes após esta vacinação.
A revisão, realizada pelo Comité de Gestão do Risco em Farmacovigilância (PRAC) da EMA, visa caracterizar a frequência de ocorrência de SDRC e STOP após a vacinação, identificar alguma relação causal ou grupos de doentes com risco acrescido.Até que esteja concluída a avaliação de todos os dados disponíveis, os doentes devem continuar a ser vacinados de acordo com o previsto no Plano Nacional de Vacinação e com as recomendações do seu médico.A EMA e o Infarmed continuarão a acompanhar e a divulgar todas as informações pertinentes relativas a esta matéria.

O Conselho Diretivo
Paula Dias de Almeida

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