O vírus Zika é um vírus transmitido por mosquitos, inicialmente identificado no Uganda, em 1947. Posteriormente, foi identificado em seres humanos, em 1952, no Uganda e na Tanzânia. Atualmente, têm-se registado surtos da doença por vírus Zika nas Américas, África, Ásia e Pacífico. Está ainda a ser investigada a possível associação entre a infeção por vírus Zika e a microcefalia diagnosticada em fetos e recém-nascidos, bem como com a associação entre esta infeção e o síndrome de Guillain-Barré.
Atualização epidemiológica
Não há notificação de casos autóctones no continente europeu. No entanto, casos importado têm sido, esporadicamente, reportados.
Portugal registou, desde junho de 2015, 6 casos de Zika confirmados laboratorialmente, todos em viajantes regressados da América Latina.
Segundo dados do ECDC, até 28 de janeiro de 2016, vários países/territórios reportaram casos confirmados de infeção por vírus Zika, designadamente: Barbados, Bolívia, Brasil, Cabo Verde, Colômbia, Curaçau, Equador, El Salvador, Guiana, Guiana Francesa, Guadalupe, Guatemala, Haiti, Honduras, Ilhas Fiji, Ilhas Virgens, Ilhas Samoa, Ilhas Salomão, Maldivas, Martinica, México, Nova Caledónia, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Porto Rico, República Dominicana, Saint Martin, Suriname, Tailândia, Vanuatu e Venezuela.
O Brasil tem registado acentuado aumento do número de casos de Zika, com surtos a ocorrer maior parte dos Estados. Consulte aqui informação epidemiológica no Brasil
Mais informação sobre as áreas afetadas…
Comunicados
Orientações e Documentação Técnica
- Orientação nº 001/2016 de 15/01/2016 da Direção-Geral da Saúde – Doença por vírus Zika
- Rapid Risk Assessment do ECDC – É expectável que novos casos de infeção por vírus Zika venham a ser notificados, em especial nas regiões onde o vetor está presente. Também na União Europeia aumentou a probabilidade de surgirem casos importados por viajantes que se desloquem às áreas afetadas. Está a ser estudada a potencial associação da infeção com o aumento do número de fetos e recém-nascidos com microcefalia, embora não esteja estabelecida uma relação causal entre estas duas situações.
Vigilância entomológica e epidemiológica
Recomendações para viajantes e grávidas
A principal medida de prevenção é a proteção contra a picada do mosquito. Assim a Direção-Geral da Saúde recomenda:
- Antes do início da viagem procurar aconselhamento em Consulta do Viajante;
- No país de destino seguir as recomendações das autoridades locais;
- Assegurar proteção contra picada de mosquitos: Utilizar vestuário adequado para diminuir a exposição corporal à picada (camisas de manga comprida, calças); optar preferencialmente por alojamento com ar condicionado; utilizar redes mosquiteiras; ter especial atenção aos períodos do dia em que os mosquitos do género Aedes picam; aplicar repelentes observando as instruções do fabricante (fazendo notar que: crianças e mulheres grávidas podem utilizar repelentes de insetos apenas mediante aconselhamento de profissional de saúde; não são recomendados para recém-nascidos com idade inferior a 3 meses; se tiver de utilizar protetor solar e repelente, deverá aplicar primeiro o protetor solar e depois o repelente).
- Especial atenção às grávidas que tenham permanecido em áreas afetadas, devendo consultar o médico de família ou o obstetra após o regresso, mencionando a viagem. Uma vez que está em investigação a possibilidade desta doença causar malformações em fetos, é recomendado que as grávidas não se desloquem, neste momento, para zonas afetadas. Caso tal não seja possível, devem procurar aconselhamento em Consulta do Viajante e seguir rigorosamente as recomendações dadas.
Está disponível, no Portal da Saúde, a lista dos Centros de Vacinação Internacional para informação e aconselhamento dos cidadãos que pretendam viajar para fora da Europa. Inclui os contactos e respetivos horários de atendimento dos Centros de Vacinação Internacional em todas as regiões do País.
A Saúde 24 (808 242424) está disponível para aconselhamento.
Pedidos de informação ou esclarecimentos sobre vírus Zika deverão ser dirigidos à Direção-Geral da Saúde, através do email: zika@dgs.pt
Veja todas as relacionadas:
Vírus Zika: Perguntas Mais Frequentes e Respostas – INSA
Comunicado do Diretor-Geral da Saúde sobre Doença por vírus Zika (2)
Documento: Avaliação de Risco do ECDC Sobre Doença por Vírus Zika
Comunicado do Diretor-Geral da Saúde sobre Doença por Vírus Zika (1)