Em 2016, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) contabilizou 1.370.349 chamadas de emergência. Os contactos foram feitos para os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), do número 112. Trata-se de um aumento significativo de mais 67.391 chamadas atendidas do que no ano anterior.
De acordo com uma nota do INEM, emitida no dia 12 de janeiro, as chamadas efetuadas para o número europeu de emergência – 112 – são atendidas primeiro pela Polícia de Segurança Pública e Guarda Nacional Republicana, que encaminha para o CODU do INEM todas as situações referentes a casos de urgência ou emergência médica.
Os números apresentados correspondem a pedidos de socorro efetuados para situações de assistência a vítimas de acidente ou doença súbita. Para cada uma destas situações, os CODU prestam o aconselhamento necessário ou enviam os meios de emergência que sejam mais adequados à situação clínica da vítima.
O atendimento destas chamadas deu origem à ativação de 1.280.322 meios de emergência, entre os diversos tipos de ambulância (emergência médica, socorro, suporte imediato de vida, transporte inter-hospitalar pediátrico), motas de emergência, viaturas médicas de emergência e reanimação e helicópteros. O tipo de meio a enviar é selecionado de acordo com:
- A situação clínica das vítimas;
- A proximidade do local da ocorrência;
- A acessibilidade ao local da ocorrência.
O funcionamento dos CODU é assegurado, 24 horas por dia, por equipas de profissionais qualificados – médicos, técnicos de emergência pré-hospitalar e psicólogos – com formação específica para efetuar o atendimento, triagem, aconselhamento, seleção e envio de meios de socorro.
Paulo Rebelo, operador do INEM há 20 anos e que trabalha atualmente no CODU Sul, apela à colaboração de todos os cidadãos, aconselhando que em caso de acidente ou doença súbita liguem sempre para o 112. “É muito importante que as pessoas percebam que em caso de emergência estamos do lado de lá do telefone para ajudar, é essa a nossa missão e é para isso que damos diariamente o nosso melhor. Mas o papel mais importante é desempenhado por quem liga para o 112, sendo fundamental que digam, de forma simples e clara:
- A localização exata e, sempre que possível, com indicação de pontos de referência;
- O número de telefone do qual está a ligar;
- O tipo de situação (doença, acidente, parto, etc.);
- O número, o sexo e a idade aparente das pessoas a necessitar de socorro;
- As queixas principais e as alterações que observa.
As perguntas feitas pelos profissionais dos CODU são muito importantes para a atuação do INEM pois visam determinar a gravidade da emergência e o meio de socorro mais adequado para dar resposta à situação em questão. Deste modo, “facultar toda a informação que seja solicitada vai permitir uma assistência mais rápida e eficaz, o que pode fazer toda a diferença para que uma vida seja salva”, reforça Paulo Rebelo.
Lembre-se que os meios de emergência médica pré-hospitalar devem ser utilizados apenas em situações de emergência, ou seja, situações onde exista perigo de vida iminente. No caso de não ser necessário enviar um meio de emergência, as chamadas serão encaminhadas para a Linha de Saúde 24, que procederá ao aconselhamento adequado à situação.
Para saber mais, consulte:
INEM – http://www.inem.pt/