Este ano a OCDE publicou um estudo sobre desperdício na despesa da saúde nos países membros (Tackling Wasteful Spending on Health). É bom reflectir sobre o assunto. São apontados sete áreas com excesso de despesa e com eventual prejuízo na saúde das pessoas, grupos e populações.
Os números para a OCDE nas áreas reportadas são:
- 10% de intervenções desnecessárias e infecção adquirida nos serviços de saúde;
- 10% da despesa hospitalar é afecta a correcção de erros ou infecções adquiridas em serviços de saúde;
- 33% das crianças nascem por cesariana, sendo o número possível de 15%;
- a variação da penetração de consumo de genéricos é entre 10 a 80% do total dos fármacos;
- 20% das urgências em Portugal são inapropriadas;
- as perdas por erros e fraude são em média de 6% da despesa dos serviços de saúde.
Na análise realizada Portugal apresenta melhores indicadores em admissão ao hospital relacionada com problemas de diabetes e no financiamento do sistema de saúde. No entanto, não estamos bem nas infeções adquiridas nos serviços de saúde e na utilização dos serviços de urgência.
As Grandes Opções do Plano na área da Saúde para 2017, o Plano Nacional de Saúde e os Programas Prioritários em Saúde procuram dar respostas a estes desafios. Os reflexos destas orientações começam a estar explanados nos Planos Locais de Saúde em que a participação da comunidade é um fator essencial. Esteja atento e informe-se sobre o Plano Local de Saúde da sua área.
Para mais informações consulte o estudo da OCDE.