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Artigo: Primeiro estudo em Portugal sobre a identificação dos genótipos do vírus do papiloma humano (HPV) numa população feminina vacinada com atividade sexual ativa – INSA

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17-07-2017

Com o objetivo de se conhecer a distribuição dos genótipos do Vírus do Papiloma Humano (HPV) numa população feminina vacinada com atividade sexual ativa, o Departamento de Doenças Infeciosas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge está a efetuar um estudo observacional transversal. Os primeiros resultados, referente ao período entre setembro de 2014 e dezembro de 2016, mostram que 28,3% das mulheres estudadas apresentavam infeção por genótipos HPV.

Neste trabalho, no qual participaram 19 instituições que desde setembro de 2014 integram o Grupo de Estudo da Vacina do HPV, bem como o Laboratório do Vírus do Papiloma Humano da Unidade de Infeções Sexualmente Transmissíveis do Instituto Ricardo Jorge, foram estudadas 152 mulheres jovens vacinadas com atividade sexual ativa, com idades compreendidas entre os 14 e os 30 anos, sendo a média de idades de 21 anos. Das 43 mulheres positivas para a infeção por HPV, 58,1% (25/43) estavam infetadas com genótipos de alto risco, sendo que duas das mulheres apresentaram infeção pelo genótipo HPV 16.

Em 41,8% (18/43) das mulheres foram identificados genótipos de possível alto risco e em 25,6% (11/43) verificou-se a presença de genótipos de baixo risco. Foram identificados 21 genótipos de HPV quer em infeções simples quer mistas o que perfaz um total de 66 HPV identificados.

Os mais de 200 genótipos de HPV identificados encontram-se classificados consoante o seu potencial oncogénico em genótipos de baixo risco e de alto risco, bem como em genótipos de possível alto risco, de provável alto risco e de risco indeterminado. Os genótipos de HPV de alto risco são responsáveis por cerca de 99,7% dos casos de cancro do colo do útero, sendo os mais comuns os genótipos HPV 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58.

Portugal, comparativamente com outros países europeus, apresenta uma taxa de cobertura vacinal elevada, estando desde 2008 a vacina tetravalente incluída no Plano Nacional de Vacinação (PNV). No início de 2017, a Direção-Geral da Saúde (DGS) determinou a introdução no PNV da vacina nonavalente (em vez da tetravalente), mantendo o mesmo esquema vacinal.

A infeção por HPV é uma das infeções mais comuns transmitidas sexualmente, constituindo um problema de saúde pública com elevada morbilidade e mortalidade na população feminina. Anualmente estima-se que existam cerca de 528 mil novos casos de cancro por HPV, sendo este o quarto cancro mais comum na população feminina a nível mundial.

“Primeiro estudo em Portugal sobre a identificação dos genótipos do vírus do papiloma humano (HPV) numa população feminina vacinada com atividade sexual ativa” foi publicado na última edição do Boletim Epidemiológico Observações, publicação científica periódica editada pelo Instituto Ricardo Jorge em acesso aberto. Para consultar o artigo de Raquel Rocha, Grupo de Estudo da Vacina do HPV e Nuno Verdasca, clique aqui.

Projeto “Avaliação dos genótipos do Vírus do Papiloma Humano (HPV) após a introdução da vacina para o cancro do colo do útero”


Informação do Portal SNS:

Estudo avalia impacto da introdução da vacina na infeção

Com o objetivo de se conhecer a distribuição dos genótipos do Vírus do Papiloma Humano (VPH) numa população feminina vacinada com atividade sexual ativa, o Departamento de Doenças Infeciosas do Instituto Ricardo Jorge está a efetuar um estudo observacional transversal. Os primeiros resultados, referentes ao período entre setembro de 2014 e dezembro de 2016, mostram que 28,3% das mulheres estudadas apresentavam infeção por genótipos VPH.

Neste trabalho, no qual participaram 19 instituições que, desde setembro de 2014, integram o Grupo de Estudo da Vacina do VPH, bem como o Laboratório do Vírus do Papiloma Humano da Unidade de Infeções Sexualmente Transmissíveis do Instituto Ricardo Jorge, foram estudadas 152 mulheres jovens vacinadas com atividade sexual ativa, com idades compreendidas entre os 14 e os 30 anos, sendo a média de idades de 21 anos. Das 43 mulheres positivas para a infeção por VPH, 58,1% (25/43) estavam infetadas com genótipos de alto risco, sendo que duas das mulheres apresentaram infeção pelo genótipo VPH16.

Em 41,8% (18/43) das mulheres foram identificados genótipos de possível alto risco e em 25,6% (11/43) verificou-se a presença de genótipos de baixo risco. Foram identificados 21 genótipos de VPH quer em infeções simples quer mistas, o que perfaz um total de 66 VPH identificados.

Os mais de 200 genótipos de VPH identificados encontram-se classificados consoante o seu potencial oncogénico em genótipos de baixo risco e de alto risco, bem como em genótipos de possível alto risco, de provável alto risco e de risco indeterminado. Os genótipos de VPH de alto risco são responsáveis por cerca de 99,7% dos casos de cancro do colo do útero, sendo os mais comuns os genótipos VPH 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58.

Portugal, comparativamente com outros países europeus, apresenta uma taxa de cobertura vacinal elevada, estando a vacina tetravalente incluída no Programa Nacional de Vacinação (PNV) desde 2008. No início de 2017, a Direção-Geral da Saúde (DGS) determinou a introdução da vacina nonavalente (em vez da tetravalente), mantendo o mesmo esquema vacinal.

A infeção por VPH é uma das infeções mais comuns transmitidas sexualmente, constituindo um problema de saúde pública com elevada morbilidade e mortalidade na população feminina. Anualmente estima-se que existam cerca de 528 mil novos casos de cancro por VPH, sendo este o quarto cancro mais comum na população feminina a nível mundial.

Estes dados são apresentados no «Primeiro estudo em Portugal sobre a identificação dos genótipos do vírus do papiloma humano numa população feminina vacinada com atividade sexual ativa”, realizado por Raquel Rocha, Grupo de Estudo da Vacina do VPH e Nuno Verdasca, publicado na última edição do Boletim Epidemiológico Observações, publicação científica periódica editada pelo Instituto Ricardo Jorge em acesso aberto.

Para saber mais, consulte:

Instituto Ricardo Jorge > Artigo

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