25/07/2017
O Serviço Nacional de Saúde aprovou 17 591 tratamentos a doentes com hepatite C em quase dois anos e meio. De acordo com os dados do INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, já foram iniciados 11 792 tratamentos, até à data de 18 de julho de 2017.
Em relação ao sucesso dos tratamentos, a taxa de cura situa-se nos 96,5%, já que, dos 6 680 tratamentos concluídos, apenas 241 doentes não ficaram curados.
Este ano, 2017, somaram-se mais duas alternativas aos medicamentos que eram utilizados e que são financiados de forma centralizada.
Recorda-se que o programa para o tratamento da hepatite C foi anunciado a 6 de fevereiro de 2015, após meses de negociações entre o INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde e a indústria farmacêutica.
O contrato – assinado por dois anos – prevê o pagamento por doente tratado e não por tempo de tratamento ou quantidade de medicamentos. A comparticipação do Estado português nos medicamentos abrangidos é de 100%.
Sobre a Hepatite
A hepatite é uma inflamação do fígado. Esta inflamação pode desaparecer espontaneamente ou progredir para fibrose (cicatrizes), cirrose ou cancro do fígado. Os vírus da hepatite são a causa mais comum de hepatite no mundo. Pode, também, ser causada por substâncias tóxicas (por exemplo, álcool, certos medicamentos) e doenças autoimunes.
A hepatite viral consiste num grupo de doenças infeciosas que compreende as hepatites A, B, C, D e E.
A hepatite representa um elevado risco para a saúde global, uma vez que existem cerca de 240 milhões de pessoas com infeções crónicas por hepatite B e cerca de 130-150 milhões de pessoas infetadas pelo vírus da hepatite C.
As hepatites A e E são geralmente causadas por ingestão de alimentos ou de água contaminados, enquanto que as hepatites B, C e D derivam do contacto com fluidos corporais infetados. A transmissão mais comum destes últimos tipos é através de transfusão de sangue, produtos sanguíneos contaminados e procedimentos médicos invasivos em que se utilizaram equipamentos contaminados. A transmissão da hepatite B pode ocorrer também através do contacto sexual.
Embora muitas vezes assintomática ou acompanhada de poucos sintomas, a infeção pode manifestar-se através de icterícia, urina escura, cansaço intenso, náuseas, vómitos e dor abdominal. O vírus da hepatite pode causar infeções agudas e crónicas, como, por exemplo, a inflamação do fígado, que pode levar o paciente a desenvolver cirrose e cancro hepático.
Trata-se, geralmente, de uma doença com cura, pelo que se apela ao diagnóstico precoce e consequente tratamento.
Para saber mais, consulte:
INFARMED > Hepatite C – Monitorização dos tratamentos
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