07-09-2017
De acordo com os resultados obtidos, o teor de sal determinado foi aproximadamente o dobro nas bolachas de água e sal, comparativamente às bolachas tipo Maria. Uma porção (35 g) das bolachas de água e sal analisadas pode contribuir com 13% da ingestão diária recomendada de sal, enquanto que uma porção de bolachas Maria pode contribuir com 5%.
O teor de gordura total nas amostras analisadas variou entre 8,7 e 23,0 g/100 g. Considerando a dose de referência de ingestão diária de gordura, para um adulto (70 g/dia) e tendo por base uma dieta padrão de 2000 kcal, uma porção de bolachas (35 g) pode contribuir com 12% (5).
Os autores do estudo sublinham que é também importante a qualidade da gordura presente nas amostras analisadas, para poder estimar os benefícios/riscos associados ao seu consumo. Com base na análise da composição em ácidos gordos das amostras é possível observar que, em 67% dos produtos analisados, os ácidos gordos saturados são os maioritários.
“As bolachas de água e sal analisadas apresentam teores superiores de gordura total e de sal, devendo ser estabelecidas metas que permitam a reformulação gradual destes alimentos. As bolachas analisadas, de forma geral, continuam a apresentar teores elevados de gordura saturada”, referem os autores deste estudo na suas conclusões, acrescentando, no entanto, que algumas das “bolachas apresentam quantidades superiores de ácidos gordos insaturados, que podem contribuir para a prevenção de doenças crónicas e diminuir o impacto na saúde relacionado com o consumo deste tipo de alimentos”.
“Bolacha Maria ou de água e sal: análise nutricional comparativa” foi publicado na última edição do Boletim Epidemiológico Observações, publicação científica periódica editada pelo Instituto Ricardo Jorge em acesso aberto. Para consultar o artigo de Tânia Gonçalves Albuquerque, Mafalda Alexandra Silva, M. Beatriz P.P. Oliveira e Helena S. Costa, clique aqui.