Estudo – Carga Global da Doença em Portugal: um novo olhar sobre a saúde dos portugueses

Os estudos da carga global da doença (Global Burden of Disease) oferecem uma perspetiva única sobre a saúde, uma vez que, ao mesmo tempo que integram num único indicador ou medida de saúde a morte, a doença e a incapacidade, também permitem a análise de cada um desses componentes separadamente. Este indicador (DALY, Disability Adjusted Life Years) combina as estimativas dos anos de vida perdidos por morte prematura (YLL, Years of Life Lost) e dos anos de vida perdidos por doença e/ou incapacidade (YLD, Years Lived with Disability).

Estes estudos também permitem aos países ganhar maior conhecimento sobre onde poderão obter maiores ganhos em saúde e, portanto, para onde deverão canalizar prioritariamente os seus esforços. A informação gerada por estes estudos apoia a construção de uma resposta conjunta aos desafios colocados pelo envelhecimento da população, pelas mudanças nos padrões de doença e respetivos fatores de risco, bem como pelos custos cada vez mais elevados dos cuidados de saúde. Estas análises também ajudam a identificar lacunas na informação disponível e, portanto, a estabelecer prioridades de investigação.

Em fevereiro de 2017 a Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto para as Métricas e Avaliação em Saúde (Institute for Health Metrics and Evaluation – IHME) assinaram um protocolo com vista à melhoria das estimativas da Carga Global da Doença (Global Burden of Disease – GBD) a nível nacional e, ao longo do tempo, efetuar trabalho conjunto para o desenvolvimento de estimativas a nível regional e local.
Este momento teve lugar no V Congresso Nacional de Saúde Publica, que se realizou no Porto e onde esteve presente o Senhor Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

A Direção-Geral da Saude (DGS), em colaboração com o Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte), elaborou um relatório a partir dos dados do estudo mundial da Carga Global da doença (GBD) disponibilizados pelo IHME em meados de Setembro, que se reportam a um período alargado no tempo: 1990-2016. Este destaque é a antevisão do 1º relatório sobre a Carga Global da Doença em Portugal (portanto, de âmbito nacional) efetuado em colaboração com o IHME.

Para mais informações consulte aqui o destaque.

Apresentação do Livro: O Setor da Saúde – Organização, Concorrência e Regulação, a 30 de Outubro no Porto

Livro

A CIP – Confederação Empresarial de Portugal e a Ordem dos Médicos promovem a apresentação do livro “O Setor da Saúde – Organização, Concorrência e Regulação”. Esta apresentação terá lugar no dia 30 de Outubro, na sede da Secção Regional Norte da Ordem dos Médicos, na Rua Delfim Maia, Porto.

Para mais informações consulte o site.

Curso de Terapêutica Antibiótica a 29 e 30 de Novembro no Hospital Fernando Fonseca

Curso de terapêutica Antibiótica

O Grupo de Infecção e Sepsis do Hospital Fernando da Fonseca está a organizar um Curso de Terapêutica Antibiótica, que terá lugar nos próximos dias 29 e 30 de novembro. O conhecimento aprofundado desses fármacos é importante para a sua correta utilização, o que tem benefícios não só para o doente que queremos tratar mas também para a ecologia microbiológica do nosso meio.

Para mais informações consulte o programa.

Incêndios | Saúde Mental: Comissão divulga relatório sobre apoio às vítimas dos incêndios

23/10/2017

A Comissão de Acompanhamento das Vítimas dos incêndios do Pinhal Interior Norte apresentou um relatório oficial, no qual afirma que a resposta na área da saúde mental às vítimas dos incêndios que em junho atingiram Pedrógão Grande ainda prossegue e que o modelo adotado deve ser aplicado em situações como os fogos na região Centro.

O relatório sobre o trabalho desenvolvido em resposta às necessidades das populações afetadas pela catástrofe que em junho atingiu os concelhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penela e Sertã, nomeadamente na área da saúde mental, foi entregue, no dia 20 de outubro, ao Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo.

Os elementos da Comissão sublinham que esta atividade visou «garantir no imediato a resposta de emergência e, após esta, uma continuidade de cuidados assente na rapidez da sua prestação, numa fácil acessibilidade e na definição de uma estratégia terapêutica centrada nas necessidades de quem sofre».

«Tendo em conta a natureza das vivências traumáticas psicológicas, das perturbações concomitantes e dos riscos associados, tem sido preocupação dos serviços de saúde mental assegurar a sustentabilidade da resposta, privilegiando o trabalho em rede, multidisciplinar e multissetorial, nomeadamente com os profissionais da área dos cuidados primários de saúde», lê-se no documento que acompanha a descrição do trabalho realizado.

No relatório, os peritos recordam que os três concelhos mais afetados pelos incêndios de junho (Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos) tinham uma população inscrita nos cuidados de saúde primários de 13.404 cidadãos, distribuídos por várias unidades de saúde, nove médicos de família, 16 enfermeiros, um médico de saúde pública, dois técnicos de saúde ambiental, quatro psicólogos e um técnico de serviço social.

A Equipa de Saúde Mental Comunitária (ESMC) era composta por um (pontualmente dois) psiquiatra, um psicólogo e um enfermeiro, mas a partir de 22 de junho foi alargada, passando a funcionar com três psiquiatras, dois psicólogos, quatro enfermeiros e dois assistentes sociais.

Esta equipa dá resposta à população dos três concelhos afetados, além de manter em funcionamento a consulta nos concelhos de Pampilhosa, Ansião e Alvaiázere. Alargou ainda a sua área de ação ao concelho de Góis.

Segundo o relatório, a ESMC mantém, desde o final da fase aguda, a metodologia de trabalho, com reuniões matinais de planeamento diário, para avaliar e programar atividades e pedidos urgentes, atividades nos centros de saúde e domicílios e intervenções necessárias.

Em relação à resposta hospitalar, o documento refere que as unidades «têm garantido a resposta necessária às solicitações dos utentes e ao encaminhamento dos serviços de saúde locais, bem como o tratamento das situações críticas».

Para a Comissão, «o modelo de organização da prestação de cuidados em saúde mental, sendo baseado em equipas de psiquiatria e saúde mental comunitária, sediadas em unidades dos Agrupamentos dos Centros de Saúde (ACES) das localidades afetadas, permite uma resposta imediata e organizada para responder às necessidades de intervenção multidisciplinar».

Os autores do relatório consideram que «os hospitais, com os seus departamentos de Psiquiatria e Saúde Mental, devem promover uma organização comunitária dos cuidados de saúde mental, constituída por equipas multidisciplinares, que, de forma permanente ou transitória, esteja integrada nos cuidados de saúde primários/ACES, para melhor responderem em rede à situação de catástrofe».

Relativamente a novos acontecimentos, como os incêndios que atingiram recentemente a zona Centro, a Comissão entende que «o modelo de intervenção que tem vindo a acompanhar tem virtualidades que poderão ser replicadas em situações análogas».

Os incêndios que atingiram Pedrógão Grande e os concelhos vizinhos, em junho último, provocaram 64 mortos e mais de 250 feridos, tendo ainda ocorrido a morte de uma mulher, que foi atropelada quando fugia deste fogo.

Recentemente, as centenas de incêndios que deflagraram nas regiões Norte e Centro, no pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram 44 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.

Fonte: LUSA

Prémio Healthcare Excellence: ULS de Matosinhos vence prémio por boa gestão hospitalar

23/10/2017

A Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULS de Matosinhos) venceu a quarta edição do prémio Healthcare Excellence, que distingue os melhores projetos de boa gestão hospitalar, com a criação de um portal do utente.

De acordo com a ULS de Matosinhos, o portal é uma plataforma online e app móvel que oferece aos utentes uma maior comodidade no acesso aos serviços da sua unidade de saúde.

«Permite ao utente realizar uma série de ações sem necessidade de se deslocar até à unidade de saúde, como consultar futuras análises, exames e consultas, ver convocatórias e gerir marcações, aceder aos resultados de exames e análises e consultar isenções ou pagar taxas moderadoras», refere um comunicado da ULS de Matosinhos.

Além deste projeto, o Centro de Medicina e Reabilitação Rovisco Pais, em Cantanhede, recebeu uma menção honrosa pelo desenvolvimento do projeto «Via Verde da Reabilitação do AVC», que visa a recuperação dos doentes e que tem permitido aumentar a qualidade de vida dos sobreviventes de acidente vascular cerebral (AVC).

O Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, também recebeu uma distinção, com o projeto «Implementação do programa ERAS – Enhanced Recovery After Surgery na cirurgia de cólon e reto».

Os três projetos foram distinguidos, no dia 20 de outubro, entre sete finalistas, numa cerimónia que decorreu em Évora. A quarta edição da iniciativa recebeu um total de 19 candidaturas.

O prémio Healthcare Excellence é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), em parceria com a biofarmacêutica AbbVie, que visa distinguir os melhores projetos e boas práticas de gestão implementados nos hospitais portugueses.

Para saber mais, consulte:

ULS de Matosinhos – Notícias

Cuidados paliativos: IPO Porto lança pós-graduação para profissionais da área

23/10/2017

O Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO Porto) vai lançar a sua primeira pós-graduação em cuidados paliativos, com o objetivo de “responder às necessidades reais” dos profissionais e doentes.

Este curso, que foi apresentado durante o 7.º Congresso de Cuidados Paliativos, que se realizou nos dias 20 e 21 de outubro, pretende satisfazer as necessidades formativas dos profissionais que trabalham em cuidados paliativos e incidirá numa vertente prática que dará a conhecer os principais desafios que se colocam aos profissionais desta área.

«A experiência adquirida ao longo de 23 anos permite-nos organizar um curso intensivo que satisfaça em pleno as necessidades formativas, sobretudo dos profissionais que já trabalham em cuidados paliativos ou dos serviços da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados», explicou Ferraz Gonçalves, Diretor do Serviço de Cuidados Paliativos do IPO Porto.

De acordo com Ferraz Gonçalves, Diretor do Serviço de Cuidados Paliativos do IPO Porto, a «chamada de atenção» do Presidente da República, no Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, «foi importante para estimular o desafio da igualdade social perante os cuidados paliativos».

No 7.º Congresso de Cuidados Paliativos, realizado no Auditório Principal do IPO Porto, foram também debatidos temas como dispneia, investigação, ética, ventilação não invasiva na esclerose lateral amiotrófica, burnout, luto nos profissionais e a morte e as religiões, entre outros.

O Instituto Português de Oncologia do Porto dispõe de um serviço de cuidados paliativos desde 1994. Atualmente, tem 40 camas de internamento e, para além da consulta externa e equipa intra-hospitalar, dispõe de um serviço de assistência domiciliária.

Em 2016, registaram-se 1.043 internamentos, 1.241 consultas externas, 1.757 consultas internas e na assistência domiciliária cerca de 1.084 visitas de enfermagem e 557 visitas médicas.

A iniciativa foi organizada pela Associação de Cuidados Paliativos do IPO Porto.

Visite:

IPO Porto  – http://www.ipoporto.pt/

Concurso de TDT de Fisioterapia do Hospital da Figueira da Foz: Lista de Admitidos e Excluídos

«Bolsa de Recrutamento de Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica – Área de Fisioterapia (M/F)

Lista de candidatos admitidos e excluídos

Anúncio publicado em: 23/10/2017»

Veja todas as publicações deste concurso em: