Centro Hospitalar Oeste implementa plano de formação para profissionais cofinanciada

O Centro Hospitalar do Oeste (CHOeste) já iniciou o seu plano de formação, no âmbito da aprovação da candidatura ao Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (PO ISE), na Tipologia 3.30 – Formação de Profissionais do Setor da Saúde (2016-2018).

Esta iniciativa decorre de acordo com as diretrizes dos programas de saúde prioritários, anunciadas pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

No âmbito deste programa, coordenado pelo Centro de Formação do CHOeste, vão decorrer 95 ações de formação até setembro de 2018, que representam um total de 773 horas de formação, tendo em conta 1.276 formandos.

As formações destinam-se a todos os ativos empregados do CHOeste, nomeadamente gestores, chefias, médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica, técnicos superiores de saúde, assistentes técnicos, assistentes operacionais e técnicos superiores.

A primeira ação de formação, que decorreu no dia 23 de outubro, na Unidade de Torres Vedras, teve como tema «Violência e maus-tratos a pessoas vulneráveis», tendo sido ministrada pelas psicólogas clínicas Alexandra Seabra e Maria Manuel Carvalho e pela enfermeira Cristiana Costa.

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A sessão formativa pretendeu proporcionar conhecimentos sobre as diferentes tipologias de maus-tratos e respetivo impacto no desenvolvimento psicoemocional das pessoas vulneráveis, bem como promover conhecimentos sobre indicadores de risco e identificar estratégias de intervenção nas diferentes tipologias de violência.

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O Centro Hospitalar do Oeste considera a formação profissional um contributo importante para a promoção da saúde, para o desenvolvimento da instituição, dos serviços e dos profissionais. Nesse sentido, aposta na valorização e no aperfeiçoamento profissional das pessoas enquanto fator principal da mudança nas organizações. Atualmente também se encontra em funcionamento o Centro de Formação na Unidade de Torres Vedras, para além do já existente na Unidade de Caldas da Rainha.

Visite:

Centro Hospitalar do Oeste – http://www.choeste.min-saude.pt/

Deteção da doença de Parkinson: Plataforma permite detetar doença pela rigidez da voz e ciclos vogais

30/10/2017

Diogo Braga, engenheiro do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), criou um website que analisa ficheiros de voz e determina se o utilizador tem indícios da doença de Parkinson, permitindo assim a deteção e o tratamento precoces.

Além de permitir a deteção precoce da doença de Parkinson em pessoas de diferentes idades, a tecnologia tem como objetivo diminuir os custos associados aos exames e aos tratamentos, explica o responsável pela criação deste projeto, que terminou recentemente a licenciatura em Engenharia Informática, no ISEP.

«Existe um elevado custo associado às doenças neurodegenerativas, com tratamentos dispendiosos e que apenas servem para dar uma melhor qualidade de vida do que aquela que os doentes teriam sem os tratamentos, que têm de ser cumpridos escrupulosamente para terem efeito», afirma o engenheiro.

No entanto, e de acordo com Diogo Braga, a doença tem outros custos para além do tratamento, que se prendem com os cuidadores, as depressões que os pacientes desenvolvem e o facto de estes não terem atividade no mercado de trabalho.

«Quando é feito um somatório desses custos, o resultado é bastante elevado», notou Diogo Braga, acrescentando que os tratamentos precoces não levam só a uma diminuição dos gastos associados, atuando também na progressão da doença para determinados estádios.

Para obter o resultado, basta que os utilizadores, anónimos ou identificados, descarreguem no website um ficheiro de áudio, nos formatos wav ou mp3, com cerca de cinco segundos.

O resultado é divulgado de imediato, indicando ao utilizador se tem indícios ou não, se deve consultar um médico ou repetir o teste noutro dia.

Esses indícios são detetados através de um sistema de aprendizagem automática (machine learning) baseada em dados de 24 pacientes com Parkinson, em diferentes estados de progressão da doença, e em dados de 30 pessoas saudáveis, tendo a precisão de identificação rondado os 92,38 % durante os testes, explica Diogo Braga.

O engenheiro explica ainda que a doença de Parkinson pode ser detetada pela rigidez na voz e nos ciclos vogais (que não conseguem ser percebidos pelos humanos).

«Quando expressamos uma vogal, a nossa boca faz um ciclo, que é suposto ser fluido, sem nenhuma rigidez e sem travar», indicou, esclarecendo que, nos doentes de Parkinson, é possível detetar esses fatores na voz numa fase precoce da doença.

Para o engenheiro, o fator diferenciador desta tecnologia é o facto de a deteção ser feita «com tolerância a ruído ambiente».

«Como os utilizadores poderão não estar em condições de laboratório, é importante que o sistema consiga detetar indícios da doença através da voz, mesmo quando a gravação apresenta ruído ligeiro», afirma.

Plataforma poderá vir a ser adaptada para outras doenças neurodegenerativas

O desenvolvimento do website demorou cerca de quatro meses e decorreu no âmbito do estágio curricular que o recém-diplomado do Instituto Superior de Engenharia do Porto realizou no Grupo de Investigação em Engenharia e Computação Inteligente para a Inovação e o Desenvolvimento.

A plataforma, que pode ser adaptada no futuro a outras doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e o Huntington, ainda não se encontra online. Os docentes do Instituto Superior de Engenharia do Porto e orientadores do projeto, Ana Maria Madureira e Luís Filipe Coelho, esclarecem que a prioridade tem sido dada à publicação de artigos científicos, que permitam «validar e conferir um maior grau de credibilidade ao projeto».

O objetivo é, segundo os docentes, «refinar o protótipo, de modo a criar uma versão final que possa cumprir os exigentes e rigorosos padrões de qualidade e resposta necessários para ser reconhecida oficialmente como uma plataforma de apoio à medicina». 

Fonte: Lusa

Mais de 250 mil utentes optam por outro hospital para realização da primeira consulta

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10,6 por cento dos utentes a nível nacional (254.818) escolheram um hospital fora da sua área de residência para a realização da primeira consulta hospitalar, no âmbito do sistema Livre Acesso e Circulação de Utentes no SNS (LAC). Os dados correspondem ao período entre junho de 2016 e outubro de 2017.

A nível regional é na ARS de Lisboa e Vale do Tejo onde a procura por outro hospital é mais elevada (16,3%), sendo as especialidades de oftalmologia, ortopedia, dermato-venereologia e otorrinolaringologia as que apresentam um maior volume de pedidos.

Entre os diferentes Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) das zonas urbanas, o número de pedidos para realização da primeira consulta fora da área de referenciação ascendem os 20%, sendo os ACES de Sintra, Amadora, Oeste Sul, Arco Ribeirinho, Grande Porto II – Gondomar e Lisboa Norte, os que registam uma maior percentagem.

O LAC, implementado em junho de 2016, veio permitir ao utente, em conjunto com o médico de família responsável pela referenciação, a escolha por qualquer uma das unidades hospitalares do SNS onde exista a consulta de especialidade de que necessita.

SNS24 contacta utentes em espera por cirurgia

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A partir de 30 de outubro, o SNS24 passou a contactar pró-ativamente os utentes do SNS que recebem notas de transferência entre hospitais públicos, ou vales de cirurgia para os convencionados ou para o setor social, apoiando uma tomada de decisão mais rápida por parte dos utentes e facilitando os procedimentos de agendamento das cirurgias.

Através deste novo projeto, desenvolvido pela ACSS em parceria com a SPMS, os utentes referenciados para cirurgia, que tenham recebido vale-cirurgia, são contactados pelos operadores do Centro de Contacto do SNS, e são informados sobre as opções existentes, de forma a obterem uma resposta célere de tratamento.

Em termos operacionais, o SNS24 emitirá um report diário a enviar às Administrações Regionais de Saúde e a todas Unidades Regionais de Gestão do Acesso, com informação atualizada sobre os utentes contactados.

Os vales-cirurgia, emitidos no âmbito do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) sob a responsabilidade da ACSS, visam garantir uma resposta ao utente, sempre que o SNS não o consegue fazer num tempo clinicamente aceitável, através do encaminhamento para outros hospitais privados ou sociais com convenção com o SNS.

Atualmente a ACSS emite cerca de 2500 vales-cirurgia por semana.

VAI chega ao Médio Tejo e Castelo Branco

O VAI – Via de Acesso Integrado ao SNS – é uma das principais componentes do SIGA (Sistema Integrado de Gestão do Acesso) e passará a estar implementado, a partir da primeira semana de novembro, nas três unidades hospitalares que compõem o Centro Hospitalar Médio Tejo (Torres Novas, Tomar e Abrantes) e, numa primeira fase, em três unidades de cuidados de saúde primários – USF Locomotiva, Fátima e Almonda, seguindo-se a instalação nas unidades de toda a região.

Em meados de novembro, o VAI segue para Castelo Branco, onde será implementado no Hospital Amato Lusitano e em todas as unidades de cuidados primários existentes naquela região. A ACSS, em conjunto com a SPMS, realizarão formação para os profissionais antes da instalação da nova funcionalidade.

O VAI, testado com sucesso desde agosto em Barcelos, permite a criação do Título de Acesso Integrado, um documento digital que caracteriza o acesso no âmbito clínico e que serve para referenciação clínica (substituindo as cartas de fundamentação/ referenciação) para diferentes instituições. Na prática, através do VAI, nesta primeira fase, já é possível aos hospitais a referenciação dos doentes com nota de alta para os cuidados de saúde primários, para que estes sejam acompanhados, no pós-alta, pelo médico de família.

Este novo projeto integra o SIGA – Sistema de Gestão do Acesso, que vai permitir obter uma visão integrada, completa, transversal do acesso, da informação da prestação e dos respetivos tempos de resposta associados.

Esquema de funcionamento do VAI

Recolha voluntária de lote do medicamento Uro-Vaxom – Infarmed

Tipo de alerta: med

30 out 2017

A empresa OM Pharma S.A. irá proceder à recolha voluntária do lote n.º 150840, com a validade 01/2019, do medicamento Uro-Vaxom, lisado de Escherichia coli, 6mg, 30 cápsulas, com o número de registo 2527398, por ter sido detetado um resultado fora da especificação nos estudos de estabilidade, no parâmetro doseamento de proteína.

Assim, o Infarmed determina a suspensão imediata da comercialização deste lote.

Face ao exposto:

  • As entidades que possuam este lote de medicamento em stock não o podem vender, dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução.
  • Os doentes que estejam a utilizar medicamentos pertencentes a este lote não devem interromper o tratamento. Logo que possível, devem contactar o médico para substituir por outro lote ou por um medicamento alternativo.

O Conselho Diretivo