Boletim Epidemiológico atualizado sobre Doença dos Legionários no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.
Dia: 21 de Novembro, 2017
Última Sessão do Ciclo de debates: “Decidir sobre o Final da Vida” em Lisboa a 5 de Dezembro – CNECV
O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) organizará no próximo dia 5 de dezembro, das 10h30 às 17h30, na Fundação Champalimaud em Lisboa, o Seminário de Encerramento do Ciclo de debates: “Decidir sobre o Final da Vida”.
A entrada é livre, mediante inscrição.
Inscrições aqui
Iniciativas recentes de cidadãos destinadas a promover intervenções legislativas sobre a eutanásia e o suicídio assistido colocaram estes temas na discussão pública. A sociedade é chamada a reflectir sobre as questões relacionadas com o final da vida e os dilemas éticos que enfrenta nas opções que irá tomar.
Com o Ciclo de Debates, o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) propõe-se discutir com total abertura e independência as escolhas que se colocam em final de vida – declarações antecipadas de vontade, locais e condições de prestação de cuidados de saúde, incluindo os cuidados paliativos, futilidade terapêutica, eutanásia, suicídio assistido –, convidando para o efeito personalidades, entidades e instituições, que podem ajudar a formar opinião e a construir as soluções que melhor podem servir os interesses dos cidadãos.
Este Ciclo de Debates foi inaugurado por Sua Excelência o Senhor Presidente da República no dia 22 de maio na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa. Os debates ocorrerão até dezembro de 2017 em várias cidades do País – Aveiro, Braga, Coimbra, Covilhã, Évora, Funchal, Lisboa, Ponta Delgada, Setúbal, Vila Real – em parceria com autarquias e instituições académicas.
A iniciativa tem o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República, que presidirá à sessão de encerramento.
Organização e informações: CNECV Tel. +351 213 910 884 | seminarionacional@cnecv.pt
Jantar Solidário da Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica
A Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica (APELA) realiza um Jantar Solidário, com lugar no Hotel Quinta da Marinha, em Cascais, no próximo dia 5 de Dezembro.
Através deste jantar, a APELA pretende informar e consciencializar a comunidade de doentes, cuidadores, profissionais de saúde e sociedade civil, sobre as estratégias de facilitação e de compensação que podem ser adotadas, para que a pessoa com ELA possa ter reunidas as condições necessárias para uma alimentação hidratada e nutrida mas também para uma deglutição eficaz e segura.
Dezembro é um mês particularmente especial no que à alimentação diz respeito e este fator é particularmente evidente na tradição gastronómica portuguesa. Há, neste jantar, uma preocupação acrescida por dar a conhecer – sobretudo a todos aqueles que apresentam dificuldades ao nível da deglutição –, as alternativas que existem e que podem dar sabor, consistência e segurança às refeições de pessoas diagnosticadas com ELA.
Porque esta é também uma ação de angariação de fundos, a APELA tem 200 bilhetes disponíveis, sendo que, cada um deles pode ser adquirido por 30€. As pessoas com ELA podem adquirir o seu convite por 10€ e pessoas que já tenham PEG não pagarão qualquer valor, sendo o jantar oferecido pela Nutricia (em forma de suplemento alimentar para inserção direta na sonda).
Os convites podem ser adquiridos presencialmente, na sede da APELA, em Lisboa, ou através do preenchimento do formulário disponível aqui, seguido de envio de comprovativo de pagamento para donativo@apela.pt .
Consulte o programa e a ementa do jantar em anexo
Juntos Contra o Sal: Reduzir o consumo de sal permite conquistar anos de vida saudáveis
21/11/2017
Morrem todos os dias cerca de 100 portugueses por doenças cérebro-cardiovasculares, sendo que muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas pela alteração de comportamentos, especialmente pela redução do consumo de sal.
A ingestão excessiva de sal é o comportamento alimentar inadequado que mais contribui para a perda de anos de vida saudável. Os portugueses vivem mais tempo, mas mais doentes, principalmente nos últimos anos de vida, do que a restante população da Europa.
Assim, a definição e a aplicação de estratégias com o objetivo de reduzir o consumo de sal por parte da população portuguesa assumem importância decisiva no contexto da prevenção das doenças cardiovasculares e outras doenças crónicas.
O High Level Group on Nutrition and Physical Activity (Grupo de Alto Nível sobre Nutrição e Atividade Física), da Comissão Europeia, e a Organização Mundial da Saúde sugerem um conjunto de categorias de alimentos que constituem os principais veículos de sal na alimentação dos cidadãos e que devem ser regulados, nesse contexto, nomeadamente:
- Cereais de pequeno-almoço;
- Batatas fritas;
- Snacks salgados;
- Outros alimentos que constituam um padrão local de alimentação e que sejam um veículo relevante de sal.
Recorda-se que o Governo aprovou a proposta de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), bem como as Grandes Opções do Plano e o Quadro Plurianual de Programação Orçamental, em reunião de Conselho de Ministros do dia 12 de outubro.
A versão preliminar da proposta de OE2018 prevê a introdução de uma nova taxa sobre os alimentos, consoante o seu nível de sal. Será votado ainda esta semana, na especialidade, o imposto especial de consumo sobre o sal.
Assim, ficam sujeitos a este imposto bolachas, biscoitos, cereais e batatas fritas, quando tenham um teor de sal igual ou superior a 1 grama por cada 100 gramas de produto ou 10 gramas por quilo.
Cada quilo destes alimentos pagará uma taxa de 0,80 cêntimos, ficando isentos bolachas, batatas fritas e cereais com menos de um grama de sal por cada 100 gramas de produto.
Prevê-se que este novo imposto funcione como forte incentivo à reformulação dos alimentos por parte da indústria, prevendo-se assim grandes ganhos para a saúde dos portugueses, em termos de redução da prevalência de hipertensão arterial, diabetes, doenças oncológicas e cardiovasculares.
O produto da tributação do sal será destinado exclusivamente a medidas de promoção da saúde.
Factos
O consumo de sal em demasia constitui um dos maiores riscos de saúde pública no nosso país. A Organização Mundial da Saúde considera medidas mais efetivas, no sentido de reduzir a carga de doença e a mortalidade precoce, as relacionadas com a promoção da alimentação saudável. E, neste âmbito, a que teria um maior impacto efetivo seria a redução do consumo do sal, solicitando que todos os países tomem ações concretas e imediatas neste âmbito.
Segundo os dados do último Inquérito Alimentar Nacional – IAN-AF (2016-2017), cada cidadão consome, em média, 3 g de sal em excesso por dia, totalizando um volume de cerca de 30 toneladas/dia que os portugueses ingerem a mais do que deveriam.
Este quadro contribui para que Portugal tenha uma das mais elevadas prevalências de hipertensão arterial na Europa (3 em cada 10 portugueses), sendo o principal fator de risco de patologia cardiovascular, com relevo para os acidentes vasculares cerebrais (AVC), dos quais os cidadãos portugueses são infelizmente líderes na Europa, provocando, pelas suas sequelas, morbilidade elevada e um impacto grave na família e na sociedade.
TeleSaúde | Acordo Justiça e Saúde: Acompanhamento de saúde próximo e constante da população reclusa
21/11/2017
A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais e a SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde assinaram um protocolo, esta terça-feira, dia 21 de novembro de 2017, que tem como objetivo tornar mais eficaz e personalizado o acompanhamento do estado de saúde dos reclusos nas prisões portuguesas, incluindo a disseminação de um sistema de TeleSaúde em todos os estabelecimentos prisionais até ao final de 2018.
O acordo, assinado em cerimónia que decorreu no Ministério da Justiça, em Lisboa, pelo Diretor-Geral dos Serviços Prisionais, Celso Manata, e pelo Presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, Henrique Martins, e homologado pela Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, e pelo Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernades, vai permitir à população reclusa o acesso a um acompanhamento de saúde mais próximo e constante, reduzindo o risco de contração de doenças. Vai igualmente permitir o acesso aos sistemas informáticos do Serviço Nacional de Saúde.
Os profissionais de saúde das prisões passam a ter conhecimento dos antecedentes clínicos dos reclusos. Com o acesso a mais informações, estes profissionais podem acompanhar o estado de saúde do recluso, desde a sua admissão ao estabelecimento prisional, permitindo dar continuidade a eventuais tratamentos que o recluso estivesse a receber quando estava em liberdade, evitando a interrupção de uma terapêutica para uma doença crónica, entre outros, com os consequentes custos, tanto financeiros, como para a saúde do recluso.
Plano de expansão termina no final de 2018
Atualmente e regra geral, é efetuado um pedido de agendamento de consultas por parte de cada estabelecimento prisional, e no dia da realização da consulta, o estabelecimento prisional assegura o transporte do recluso para a unidade de saúde em causa, com as necessárias medidas de segurança.
No ano de 2016, foram realizadas 33.200 diligências de reclusos ao exterior para efeitos de saúde, que assim serão drasticamente reduzidas.
A utilização deste conjunto de soluções tecnológicas vai libertar agentes e infraestruturas para as restantes diligências, saídas para tribunal, depoimentos, contribuindo para uma melhoria significativa nas atuais condições de trabalho nos estabelecimentos prisionais
Nesta primeira fase, até ao final de 2017, serão abrangidos mais de 3.300 reclusos:
- Linhó – 546 reclusos;
- Sintra – 574 reclusos;
- Lisboa – 1.053 reclusos;
- Porto – 1.155 reclusos.
Os restantes estabelecimentos prisionais serão incluídos no plano de expansão que termina no final de 2018.
CHLN | Investimento de 4 M€ para a criação do maior centro de diagnóstico do SNS
21/11/2017
O maior centro de diagnóstico do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que funcionará no Parque de Saúde Pulido Valente, inserido no Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), vai receber quatro milhões de euros do Ministério da Saúde para avançar.
Trata-se do Centro Integrado de Diagnóstico e Terapêutica, «um projeto que visa concentrar a realização de exames clínicos num só espaço, respondendo às necessidades de todos os hospitais e centros de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo».
De acordo com uma nota do CHLN, este centro permitirá «uma abordagem transversal a segmentos específicos de doentes em ambulatório, tais como a saúde da mulher, a saúde do homem, os exames cardiológicos e de gastroenterologia, bem como todos os exames que têm como base a imagem» e reforça a «a capacidade de resposta do SNS na região de Lisboa, alcançando ganhos de eficiência, eficácia e de satisfação dos utentes».
Fonte: Lusa
SNS + Proximidade | Futuros passos: Plano individual cuidados para utentes com vários problemas de saúde
21/11/2017
Os utentes com vários problemas de saúde vão passar a ter um plano individual de cuidados que estará acessível aos vários profissionais de saúde, um projeto que deve ser generalizado a todo o país em 2019.
O Ministério da Saúde apresenta esta terça-feira, dia 21 de novembro de 2017, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, os futuros passos do projeto «SNS + Proximidade», que começou a ser testado em alguns agrupamentos de centros de saúde da região Norte de Portugal.
De acordo com o responsável pelo projeto, Constantino Sakellarides, um dos elementos centrais é o desenvolvimento de um plano individual de cuidados para as pessoas com vários problemas de saúde, com doença crónica associada, o que significa cerca de 30 % da população portuguesa.
Este instrumento serve para gerir o percurso do doente e para definir quais os objetivos a atingir para os vários problemas de saúde que tem, sendo que os próprios utentes vão ajudar a definir esse plano.
«Servirá também para determinar o que é importante para o doente nos próximos anos, que questões interessam controlar ou qual a atuação a ter», explica o responsável, indicando que há um instrumento de avaliação dos objetivos definidos.
A ideia é abarcar os vários problemas que afetam a qualidade de vida das pessoas e não apenas uma ou mais doenças crónicas de que padeçam, incluindo no plano outros problemas ou disfunções, como perturbações de sono, tonturas ou dores de costas, por exemplo.
Este plano individual de cuidados estará disponível no portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e permitirá a partilha, entre todos os profissionais de saúde envolvidos, de informações e de decisões de diagnóstico e terapêutica. Vai incluir as pessoas com necessidades de cuidados domiciliários, «criando processos de articulação e coordenação nos centros de saúde, em colaboração com os serviços sociais». Constantino Sakellarides sublinha que este tipo de projetos e de mudanças não se institui por decreto e que é necessária uma implementação gradual do projeto.
No próximo ano, 2018, serão alargadas as experiências da região Norte a todas as regiões do país e em 2019 o Ministério da Saúde espera começar a generalizar o plano individual de cuidados a toda a população com múltiplos problemas de saúde.
Pilares fundamentais do SNS + Proximidade
O projeto SNS + Proximidade pretende ainda tornar mais acessível a resposta dos centros de saúde às pessoas com doença aguda, evitando «idas desnecessárias às urgências hospitalares». Para isso, é necessário disponibilizar meios complementares de diagnóstico nos centros de saúde, reconhece Constantino Sakellarides, como análises clínicas.
O responsável adiantou que no projeto-piloto do Norte houve centros de saúde que começaram já a garantir uma resposta de análises clínicas no próprio dia, ou com equipas hospitalares que se deslocam ao centro de saúde ou com o utente a fazer análises no hospital no próprio dia, sem necessitar de passar pela urgência hospitalar.
Outro dos pilares fundamentais do SNS + Proximidade é o aumento da literacia em saúde (conhecimento sobre a situação de doença e condição física para tornar as pessoas mais capazes de tomar decisões informadas). Para isso, o Portal SNS está a começar a recolher e disponibilizar informação de qualidade sobre determinadas problemáticas de saúde, como quedas, alimentação, que seja de fácil acesso e leitura para qualquer cidadão.
Constantino Sakellarides afirma ainda que outro dos objetivos deste projeto é que os utentes tenham no Portal SNS uma «agenda de saúde», um instrumento personalizável com todas as informações relevantes sobre a saúde de cada um.