Legionella | Avaliação do risco: Unidades de cuidados de saúde do SNS vão ser avaliadas

07/11/2017

As administrações regionais de saúde vão fazer uma avaliação e gestão do risco de todas as unidades de cuidados de saúde públicas, devido ao surto de legionella.

De acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge), será feito o levantamento das condições estruturais e processuais das unidades prestadoras de cuidados de saúde que integram o Serviço Nacional de Saúde (SNS), incluindo agrupamentos de centros de saúde, unidades locais de saúde, centros hospitalares e hospitais, no âmbito da avaliação e gestão do risco.

O Instituto Ricardo Jorge e o Serviço de Utilização Comum dos Hospitais estão a desenvolver um Programa de Intervenção Operacional de auditoria técnica de apoio a todas as unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde.

LegionellaComo se transmite a doença

De acordo com um comunicado conjunto da DGS e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge Instituto Ricardo Jorge, até às 20 horas de segunda-feira, dia 6  de outubro de 2017, foram  diagnosticados 30 casos de Doença dos Legionários com possível ligação epidemiológica ao Hospital de São Francisco Xavier, integrado no  Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, mais um caso do que o anterior balanço.

Destes 30 doentes, dois morreram, também na segunda-feira, um teve alta e os restantes encontram-se internados. «Os doentes são, na sua maioria, idosos com fatores de risco associados, nomeadamente doenças crónicas graves e hábitos tabágicos», indica o comunicado.

As duas entidades informam que está em curso a investigação epidemiológica nas vertentes da vigilância da saúde humana e ambiental, a fim de apurar as circunstâncias que originaram o surto, tendo sido realizadas vistorias técnicas aos equipamentos e às estruturas potencialmente associados a fontes de transmissão, trabalhos que vão manter-se durante os próximos dias.

O comunicado refere ainda que está a ser preparado um relatório conjunto da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, DGS e Instituto Ricardo Jorge para esclarecimento da cadeia de acontecimentos que conduziram ao surto.

No entanto, os procedimentos vão demorar pelo menos, duas semanas, tendo em conta a necessidade de realizar o exame cultural das amostras (ambientais e humanas) e a subsequente avaliação genómica para apurar a ligação entre a componente ambiental e a saúde humana.

A Direção-Geral da Saúde sublinha que a doença se transmite através da inalação de aerossóis (gotículas de vapor) contaminados com a bactéria e não através da ingestão de água.

A infeção, apesar de poder ser grave, tem tratamento efetivo. As medidas de segurança adotadas prevêem-se suficientes para interrupção da transmissão e controlo do surto, e vão continuar a ser monitorizadas, conclui o comunicado.

Para saber mais, consulte:

Novas tecnologias no HFF: Melhoria de serviços e racionalização circuitos em prol dos utentes

07/11/2017

O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) divulga que, por iniciativa do Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA), em colaboração com a Microbiologia, iniciou um projeto em que todos os doentes internados são submetidos a uma avaliação de risco, pelo preenchimento de um inquérito epidemiológico, no momento da admissão, permitindo o rastreio precoce de portadores de microrganismos-problemas de forma a diminuir a transmissão cruzada de infeções entre utentes.

Esta medida insere-se no plano de Clinical Digital Transformation (transformação clínica digital) que o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca está a desenvolver e que vai permitir, entre outros benefícios, «reduzir significativamente as infeções hospitalares», refere o hospital.

Os potenciais doentes colonizados ou infetados são identificados em menos de 4 horas a partir dos resultados da microbiologia. Em caso de risco, o utilizador é informado sobre as atitudes e precauções a tomar através de um aviso e de um quadro informativo existente no fim do registo.

O procedimento eletrónico permite identificar eficazmente casos de colonização ou infeção e consequentemente reduzir as contaminações hospitalares, que são uma constante preocupação no Serviço Nacional de Saúde.

O sistema Point of Care, usado nas consultas de hipocoagulação, que, segundo o hospital, permite um rápido ajuste da terapêutica anticoagulante oral, é outra medida implementada no Serviço de Patologia Clínica. «Através de uma simples colheita no dedo, ao invés da tradicional colheita no braço, recolhe-se a quantidade de sangue suficiente para um correto diagnóstico». Integrado no sistema informático Athis, este procedimento permite uma redução do tempo de espera para os cerca de 80 utentes que se deslocam diariamente ao HFF para consultas de hipocoagulação.

Importante é também a poupança de custos e a racionalização de circuitos justificada pela utilização das tecnologias de informação no contexto da patologia clínica, revela o HFF.

Através do sistema integrado de gestão clínica do hospital Soarian, na área da microbiologia, os médicos podem visualizar resultados negativos para hemoculturas, às 24, 48 e 72 horas. «Antes da intervenção da gestão das tecnologias e da informação do HFF, aqueles resultados eram somente apresentados quando definitivos, sendo que os médicos apenas podiam consultá-los no processo clínico, no estado final. A alternativa possível era sempre o telefonema para o Serviço de Patologia Clínica – facto que obrigava à permanência ininterrupta de alguém para dar essa informação».

A transformação/reforma que está a ser operada no HFF serve assim para melhorar o serviço aos utentes e simplificar o dia-a-dia dos profissionais, conclui o Hospital.

Consulte:

Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca > HFF com Novas Tecnologias ao Serviço do Doente

Doação e transplantação de órgãos: CHLN recebe primeiro dador de órgãos em paragem cardiocirculatória

O Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN) recebeu o primeiro dador em paragem cardiocirculatória, o que permitiu proceder à colheita de dois rins e córneas, para posterior transplantação.

Este procedimento decorre de um projeto-piloto, iniciado em outubro de 2016, destinado a otimizar a doação de órgãos em dador falecido em paragem cardiocirculatória, no Centro Hospitalar de São João. O projeto, desenvolvido em estreita cooperação com o Instituto Nacional de Emergência Médica e o Instituto Português do Sangue e da Transplantação, permitiu verificar que, após um ano da sua implementação, os resultados obtidos superaram largamente as previsões iniciais.

Perante estes resultados, a implementação do projeto-piloto foi alargada ao CHLN e ao Centro Hospitalar Lisboa Central, em outubro de 2017, pelo período de um ano, após o qual devem ser avaliados os seus resultados, com vista à manutenção e integração deste tipo de colheita de órgãos na atividade destas unidades.

EMA | #Cantskipfacts: Campanha fortemente digital para trazer agência para o Porto

A campanha delineada por Portugal para atrair a sede da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para o Porto assenta, sobretudo, nas plataformas digitais e na imprensa.

Está a ser desenvolvida uma fortíssima campanha digital, junto dos trabalhadores da EMA, intitulada Can’t Skip Facts, que faz parte de uma operação mais alargada sobre o país, chamada Can’t Skip Portugal. Nesta ação, são revelados dados estatísticos sobre o país, dirigidos àquele público específico, graças às coordenadas geográficas recolhidas pelas plataformas de internet, em particular as redes sociais.

Durante uma visita à feira de turismo World Travel Market, em Londres, esta segunda-feira, 6 de novembro, a Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, relatou, à agência Lusa, que, do programa da campanha, constou uma ação com jornalistas britânicos, que visitaram o Porto, e da qual já resultaram notícias nos jornais The TimesCity AM e, em breve, no Financial Times.

A campanha resulta dos esforços conjuntos do Instituto de Turismo de Portugal, da AICEP Portugal Global, da Portugal In, da Câmara Municipal do Porto e de vários ministérios, entre os quais o da Saúde. Visa demonstrar, com fundamento em indicadores de clima económico e de qualidade de vida, que Portugal é o melhor país para visitar, para viver e para investir.

A relocalização da EMA é uma consequência direta da decisão do Reino Unido de sair da União Europeia, tal como notificada ao Conselho Europeu em 29 de março de 2017. A fim de permitir uma transferência atempada e harmoniosa da agência, será tomada uma decisão final, pelos Estados-membros da UE, até ao final de novembro.

A EMA é uma das principais agências reguladoras do Mercado Único da União Europeia, sendo essencial para a autorização dos medicamentos. Deve continuar a funcionar de forma adequada e sem interrupção após março de 2019.

Visite:

EMA no Porto – https://emainporto.eu/ (em inglês)

Circular Infarmed: Atualização do Portal SIATS

07 nov 2017

Para: Divulgação Geral

Contactos

  • Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI); Tel. 21 798 7373; Fax: 21 111 7552; E-mail: cimi@infarmed.pt; Linha do Medicamento: 800 222 444

A partir do dia 8 de novembro estarão disponíveis novas funcionalidades no portal SIATS (Sistema de Informação para a Avaliação das Tecnologias de Saúde), que permite aos titulares de AIM e seus representantes, fazer a gestão da acessibilidade aos medicamentos.

Estas novas funcionalidades incluem melhoramentos nos pedidos de comparticipação e avaliação prévia e ainda a gestão dos contratos de financiamento pelo SNS.

Para o efeito desta atualização, todas as funcionalidades do portal SIATS estarão indisponíveis no dia 7 de novembro, pelo que se solicita que todas comunicações, incluindo as referentes aos pedidos de AUE, se realizem antes ou depois desta data

Sistema de Informação de Avaliação das Tecnologias de Saúde