28/12/2017
As urgências hospitalares da região de Lisboa tiveram o pico de atendimento deste inverno na quarta-feira, dia 27 de dezembro, enquanto os centros de saúde realizaram mais de cinco mil consultas nos quatro dias de festividades do Natal, com as infeções respiratórias a predominar.
De acordo com o Presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), Luís Pisco, «A avaliação do Natal foi positiva, face à procura e face ao que vemos em outros países. A resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) face à procura que houve e aos números que tivemos foi bastante boa», indicando que não foram reportados problemas nas escalas dos profissionais de saúde.
Para o responsável, uma das explicações é o facto de este ano haver «mais médicos e mais enfermeiros do que no mesmo período do ano passado». Contudo, o Presidente da ARSLVT acrescenta que a ausência de epidemia da gripe também ajudou a que a pressão sobre os serviços de urgência não fosse ainda maior.
Luís Pisco, admite que, apesar de todos os agrupamentos de centros de saúde terem unidades abertas nos quatro dias de festejos do Natal, «houve uma pressão muito grande sobre as urgências» dos hospitais. «Houve um conjunto significativo de pessoas que foi às urgências hospitalares e [esse número] veio sempre a aumentar desde dia 23 de dezembro até dia 27, com um pico de procura muito significativo», declarou o Presidente da ARSLVT.
Segundo os dados da ARSLVT, o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca foi o que registou mais episódios de urgência, com 963 episódios na quarta-feira. O Centro Hospitalar de Lisboa Central, que integra o Hospital de São José e o Hospital Curry Cabral, registou 864 atendimentos nas urgências no dia 27 de dezembro e o Hospital de Santa Maria efetuou 876 atendimentos na terça-feira e 825 na quarta-feira.
Além das urgências hospitalares, na região de Lisboa e Vale do Tejo há ainda cerca de 65 centros de saúde que estão habitualmente abertos ao sábado e domingo, e que nestes quatro dias de festividades do Natal atenderam quase 5.500 pessoas.
Luís Pisco explica que no período de natal foi aumentado o número de recursos humanos nos cuidados de saúde primários e que o mesmo acontecerá nos dias da Passagem de Ano. Alguns centros de saúde vão passar a ter horário alargado, como os casos de Almada e Amora, que estarão abertos até às 22 horas.
Quanto aos motivos que têm levado mais os utentes às urgências ou aos atendimentos permanentes, o responsável da ARSLVT destaca as infeções respiratórias.
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