Site icon A Enfermagem e as Leis

O distress psicológico: prevalência e fatores associados na população residente em Portugal em 2015 – INSA

imagem do post do O distress psicológico: prevalência e fatores associados na população residente em Portugal em 2015

19-01-2018

O Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge efetuou um estudo com o objetivo de estimar a prevalência e examinar a associação entre o distresspsicológico na população portuguesa e variáveis sociodemográficas como o sexo, o grupo etário, o estado civil, a escolaridade e a situação perante o trabalho. Resultados mostram que que 22,5% da população residente em Portugal, com idade entre os 25 e os 74 anos, apresenta distresspsicológico.

De acordo com este trabalho, desenvolvido a partir de dados do 1º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015), a prevalência foi mais elevada junto dos indivíduos do sexo feminino, entre os 55 e os 64 anos, viúvos, com escolaridade até ao 1º ciclo do ensino básico e indivíduos sem atividade profissional (reformados, estudantes e domésticos). Analisando a razão de prevalências por estas variáveis, os autores do estudo concluem que as diferenças apenas são significativas relativamente ao sexo, grupo etário, estado civil e situação perante o trabalho.

No caso das mulheres, por exemplo, a prevalência do distress psicológico é o dobro da observada nos homens. Esta prevalência foi também mais elevada nos grupos etários mais velhos, em particular no grupo etário dos 55 aos 64 anos.

Outro dos resultados do estudo indica que os indivíduos viúvos reportam duas vezes mais frequentemente distress psicológico do que os indivíduos casados ou em coabitação. Pelo contrário, nos indivíduos solteiros a prevalência do distress psicológico é 29%, mais baixa do que a observada nos indivíduos casados ou a coabitar.

Estar desempregado(a) ou não ter atividade profissional (reformados(as), estudantes, domésticas(os)), assim como o nível de escolaridade são fatores que concorrem também para o distress psicológico. Nos indivíduos com grau de ensino mais elevado (secundário e ensino superior), as prevalências do distress psicológico são 43% e 49% mais baixas que as observadas nos indivíduos com formação até o 1º ciclo do ensino básico.

distress psicológico pode ser definido como um estado de sofrimento emocional caracterizado por sintomas de depressão e ansiedade, por vezes associados a queixas somáticas. Amplamente utilizado como indicador da saúde mental da população, o distress psicológico não remete necessariamente para um diagnóstico clínico, ainda que se caracterize por sintomas presentes em algumas patologias mentais.

“O distress psicológico – prevalência e fatores associados na população residente em Portugal em 2015: resultados do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico” foi publicado no Boletim Epidemiológico Observações, publicação científica periódica editada pelo Instituto Ricardo Jorge em acesso aberto. Para consultar o artigo de Ana João Santos, Irina Kislaya, Ana Paula Gil, Sónia Namorado, Marta Barreto, Vânia Gaio, Baltazar Nunes e Carlos Matias Dias, clique aqui.

Exit mobile version