13/03/2018
Uma equipa de investigadores, liderada por cientistas do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde do Porto (i3S), afirmou que se pode utilizar o coração de ratinho neonatal para descobrir novos fármacos para tratar diversas doenças cardíacas.
Em comunicado, os cientistas explicam que o individuo adulto não tem capacidade de gerar novo músculo cardíaco em situação de doença, formando geralmente uma cicatriz como forma de reparação, o que pode levar à falência cardíaca.
Neste estudo, publicado na revista Stem Cells Reports, a equipa de investigadores, coordenada por Diana Nascimento e Perpétua Pinto-do-Ó, mostrou que o coração após o nascimento, para além de formar esta cicatriz, tem também capacidade para regenerar e gerar novo músculo cardíaco.
Isto significa que «é importante estudar o coração do neonatal para encontrar terapias inovadoras para um vasto leque de doenças cardíacas», defendem.
«Os fibroblastos estão a regular tanto a regeneração e reparação no coração neonatal e, como tal, o estudo da resposta destas células, é essencial para que de futuro se consiga desencadear uma resposta mais eficiente do coração adulto em situação de doença», explica a coordenadora desta investigação, Diana Nascimento.
O primeiro autor do artigo, Vasco Sampaio-Pinto sublinha que «o modelo descrito pode ser usado para desenvolver novas terapias com vista a promover a regeneração do coração em caso, por exemplo, de enfarte do miocárdio, e também para encontrar novos fármacos que impeçam a formação de cicatriz».
De acordo com o investigador, «esta cicatriz impede o normal funcionamento do coração, conduzindo frequentemente à falência cardíaca».
Fonte: LUSA