02/05/2018
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou as Estatísticas Vitais 2017. O destaque vai para a ligeira descida da taxa de mortalidade infantil, com 2,6 óbitos por mil nados vivos, a segunda mais baixa observada em Portugal.
Em 2017, nasceram com vida (nados-vivos), de mães residentes em Portugal, 86.154 crianças, o que representa um decréscimo de 1,1% (menos 972 crianças) relativamente ao ano anterior. Do total de nados-vivos, 54,9% nasceram «fora do casamento».
Relativamente à mortalidade, verificaram-se 226 óbitos de crianças com menos de 1 ano (menos 56 do que os registados em 2016), sendo o valor mais baixo desde que há registos. A taxa de mortalidade infantil foi 2,6 óbitos por mil nados vivos (3,2 em 2016), a segunda mais baixa observada em Portugal. O valor mais baixo desta taxa registou-se em 2010 com 2,5 óbitos infantis por mil nados-vivos.
No contexto da União Europeia, em 2016, ano para o qual existe informação mais recente, Portugal ocupava a 12.ª posição no ranking dos 28 países da União Europeia, com uma taxa de mortalidade infantil de 3,2‰, abaixo da média europeia que foi 3,6‰.
O total de óbitos de pessoas residentes em território nacional foi de 109.586, representando uma redução de 0,9% (menos 987 óbitos) face a 2016. Do total de óbitos, 54.987 foram de homens e 54.599 de mulheres, sendo que 85% dos óbitos respeitaram a pessoas com 65 e mais anos de idade.
Da conjugação dos valores de nados-vivos e óbitos registados em 2017 resulta, pelo nono ano consecutivo, um saldo natural negativo de -23 432, próximo do verificado em 2016 (-23 447).
No que respeita aos casamentos, em 2017 celebraram-se 33.634 matrimónios, mais 1.235 que no ano anterior (3,8%), dos quais 65,8% pela forma civil e 33,7% pela forma católica. Em mais de metade dos casamentos (58,1%) os nubentes possuíam residência anterior comum.
Nascimentos
A relação de masculinidade à nascença foi de 105, a que corresponde 44.072 nados-vivos do sexo masculino e 42.082 do sexo feminino.
Desde 2010, foi no mês de setembro que se observou o maior número de nascimentos (exceção em 2011 e 2017, anos em que os meses com maior número de nascimentos foram respetivamente julho e outubro). Por outro lado, o mês com menor número de nascimentos tem sido fevereiro (exceção igualmente em 2011 em que o mês com menor número foi abril).
Em 2017, a proporção de nados-vivos nascidos «fora do casamento» aumentou para 54,9% (52,8% em 2016 e 41,3% em 2010), representando, pelo terceiro ano consecutivo, mais de metade do total de nascimentos, principalmente influenciado pelo aumento da proporção de nascimentos «fora do casamento sem coabitação dos pais», que duplicou entre 2010 e 2017, passando de 9,2% para 18,1%.
Do total de nascimentos, 65,4% diziam respeito a mães com idades entre os 20 e os 34 anos, 32,1% a mães com 35 e mais anos e 2,5% a mães com menos de 20 anos.
Entre 2010 e 2017, registou-se um decréscimo de 1,5 pontos percentuais (p.p.) na proporção de nascimentos cujas mães tinham idades inferiores a 20 anos e também um decréscimo de 8,8 p.p. na proporção de nascimentos relativos a mães com idades entre os 20 e os 34 anos de idade. Em contrapartida, verificou-se um aumento de 10,3 p.p. na proporção de nados-vivos de mães com 35 e mais anos de idade.
Óbitos
Em 2017, a maioria dos óbitos ocorreu em idades avançadas: do total de óbitos de residentes em Portugal, 85% respeitaram a pessoas com 65 anos e mais anos. No total, mais de metade (58,6%) corresponderam a óbitos de pessoas com 80 e mais anos.
A mortalidade apresenta um padrão geral sazonal, com valores mais elevados nos meses de inverno e mais baixos na primavera e verão.
Em 2017, o mês de janeiro foi aquele em que se verificou o maior número de óbitos, contrariamente ao ano anterior em que o maior número de óbitos se registou no mês de dezembro.
Para saber mais, consulte:
Instituto Nacional de Estatística > Estatísticas Vitais 2017