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Espirometrias nos cuidados primários: Acordo entre CHEDV e centros de saúde evita deslocações

02/05/2018

O Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga (CHEDV) revelou que um protocolo com o Agrupamento de Centros de Saúde de Arouca e Feira evitou aos utentes 2.005 deslocações ao Hospital de São Sebastião, em Santa Maria da Feira, para exames respiratórios.

O acordo foi assinado em maio de 2017 e pretendia possibilitar a realização de espirometrias nos centros de saúde dos concelhos de Arouca e Santa Maria da Feira, com recurso à deslocação a essas unidades de uma técnica de Cardiopneumologia do Hospital de São Sebastião, sede do CHEDV.

«O protocolo permitiu disponibilizar nos cuidados de saúde primários locais esta nova oferta de exames, que é uma ferramenta essencial para os profissionais de saúde na sua avaliação clínica», explicou fonte da administração do CHEV. «Esta parceria revelou-se um grande sucesso e em menos de um ano já foram realizadas 2.005 espirometrias nos centros de saúde de Feira e Arouca, sem que o utente tenha tido a necessidade de se deslocar ao hospital».

O exame em causa recorre a um espirómetro para medir o débito de ar, facilitando o diagnóstico precoce e a monitorização da asma e da doença pulmonar obstrutiva crónica.

Os resultados apurados pela espirometrias realizadas nos centros de saúde são depois interpretados pelos pneumologistas do Hospital de São Sebastião e posteriormente enviados aos médicos de família dos respetivos utentes, que, no âmbito do mesmo protocolo, já receberam formação específica para os saber analisar.

Esta agilização de procedimentos é particularmente útil no diagnóstico da doença pulmonar obstrutiva crónica, já que a deteção do problema numa fase precoce permite tratar os utentes «com melhores resultados e menos custos, o que representa ganhos significativos em saúde».

Segundo a mesma fonte do CHEDV, desta colaboração com as unidades de cuidados primários resulta ainda «a redução de consultas, uma maior proximidade do tratamento, a diminuição das necessidades de internamento hospitalar e um menor absentismo laboral», assim como uma poupança concreta para o utente, que está dispensado do pagamento de taxas moderadoras quando o exame se realiza num centro de saúde.

Em Portugal, o peso da mortalidade por doenças respiratórias tem vindo progressivamente a aumentar e constitui «a terceira principal causa de morte a seguir às doenças cardiovasculares e oncológicas». Dados de 2015 indicam que essas enfermidades «atingem cerca de 40% da população portuguesa e representaram mais de 12% do total de causas de morte».

Fonte: LUSA

Para saber mais, consulte:

Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, EPE – http://www.chedv.min-saude.pt/

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