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Folheto: Mais de mil jovens já participaram em estudo sobre microrganismos associados a infeções sexualmente transmissíveis – INSA

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05-06-2018

Mais de mil jovens, com idades entre os 18 e os 24 anos, já participaram no estudo que se encontra a decorrer para determinar a prevalência em Portugal continental de quatro microrganismos associados a infeções sexualmente transmissíveis (IST). A participação neste estudo, promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, é voluntária, anónima e gratuita, sendo apenas necessário dar o seu consentimento, preencher um inquérito e fornecer uma amostra de urina.

Chlamydia trachomatisNeisseria gonorrhoeaeMycoplasma genitalum e Trichomonas vaginalissão os quatro microorganismos alvo deste estudo, coordenado pelo Laboratório Nacional de Referência das Infeções Sexualmente Transmissíveis e que conta com o apoio do Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa, Biomérieux e Genomica. O conhecimento da frequência destas quatro IST em Portugal será essencial na implementação de ações de prevenção.

“A maioria das doenças sexualmente transmissíveis não causa sintomas, ou seja, os infetados não sentem necessidade de procurar diagnóstico, não são tratados e continuam a transmitir a infeção aos seus parceiros”, refere Maria José Borrego, investigadora e coordenadora do Laboratório Nacional de Referência das Infeções Sexualmente Transmissíveis, destacando a importância da prevenção e da sensibilização. A investigadora recorda ainda que as DST objeto do estudo “são curáveis pela simples toma de antibiótico, mas, quando não tratadas, podem causar doença inflamatória pélvica e infertilidade e, por outro lado, potenciam o risco de aquisição e transmissão do VIH/sida”.

“Contribuir para esta iniciativa é contribuir para o conhecimento, o tratamento precoce, a quebra da cadeia de transmissão e para a promoção de medidas para reduzir o impacto destas IST”, sublinha ainda Maria José Borrego. “Na população jovem, tais infeções são mais preocupantes dado que, se não precocemente diagnosticadas e tratadas, podem ter consequências negativas, nomeadamente para a saúde reprodutiva, causando infertilidade ou transmitirem-se e causar patologia ao recém-nascido”, conclui.

No âmbito deste estudo, decorre, dia 6 de junho, no Instituto Politécnico de Viseu, no corredor junto ao bar, entre as 14:00 e as 17:00, um rastreio às IST. Paralelamente a esta ação, o rastreio pode ser realizado em qualquer laboratório do Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa, a nível nacional. Os participantes neste estudo podem sempre solicitar o acesso aos seus resultados.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, só estas quatro IST curáveis causam mais de 350 milhões de novas infeções por ano, no mundo, sendo as mais frequentes nos jovens sexualmente ativos. As IST constituem uma enorme preocupação em termos de saúde pública a nível mundial pois são uma importante causa de morbilidade e mortalidade, abrangendo um conjunto de microrganismos que se podem transmitir de uma pessoa para outra quando existe um contacto sexual.

Folheto “Sabes quantos jovens têm IST em Portugal?”

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