15/06/2018
No próximo dia 22 de junho, pelas 14h30, terá lugar, no auditório do polo dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), uma sessão de esclarecimento, aberta à população em geral, sobre prevenção de quedas, uma organização conjunta do Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e do Grupo de Estudos de Ortopedia Geriátrica da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia.
Mais do que tratar «simples fraturas», a melhor atitude é mesmo prevenir a queda. As quedas são um problema importante para as pessoas idosas e suas famílias, não só pela frequência com que ocorrem, mas particularmente pelas consequências físicas, psicológicas e sociais.
As estatísticas revelam que 30% dos idosos já caíram alguma vez, 5 a 10% dessas quedas causam lesões graves com risco de morte e 28% das mortes de pessoas idosas acontecem por consequência direta de queda.
Com o envelhecimento, o corpo sofre várias alterações, entre elas o aumento da fragilidade óssea, tornando os ossos menos resistentes e sujeitos a fraturas como consequência de quedas, com grande impacto na qualidade de vida e autonomia da pessoa idosa, podendo até conduzir à morte!
A par do envelhecimento musculoesquelético, muitos outros órgãos e sistemas apresentam diversas patologias, consideradas próprias da idade, como sejam: alteração da visão e do equilíbrio, doenças degenerativas do sistema nervoso central, entre outras. Todas estas patologias representam consideráveis fatores de risco para as quedas.
Por outro lado, também sabemos que uma experiência adversa vai desencadear o medo de voltar a cair, desenvolvendo assim uma atitude defensiva, com uma atividade diária cada vez menor, adotando estilos de vida mais sedentários, o que leva à atrofia muscular dos vários segmentos do esqueleto e à diminuição da mobilidade articular e da resistência óssea, aumentando o risco de novas quedas e fraturas, com grande compromisso da qualidade de vida.
O aumento da esperança de vida acarreta uma série de condições que, de uma forma adversa, pode contribuir para retirar qualidade de vida a muitos dos que perduram além das médias estatísticas.
Esta campanha de sensibilização – «Não caia nisso» – pretende alertar a população para os cuidados no sentido de evitar as quedas nos grupos etários mais avançados. Este alerta é dirigido não só aos doentes de risco como aos cuidadores e familiares, dando conta das vantagens que a prevenção das quedas acarreta para a melhoria da qualidade de vida do doente e de todos os envolvidos, mas, também, da diminuição dos gastos em saúde.