Osteoporose | Unidade Funcional: Criada a primeira unidade do país no Baixo Vouga

A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) aprovou, no dia 22 de junho,  a constituição da Unidade Coordenadora Funcional da Osteoporose (UCF-OP) do Baixo Vouga, no sentido de melhorar o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde prestados aos utentes nesta área da reumatologia.

A UCF-OP do Baixo Vouga, a primeira a ser criada no país, traduz a cooperação entre o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Baixo Vouga e o Serviço de Reumatologia do Centro Hospitalar Baixo Vouga (CHBV) segundo um modelo organizacional de prestação de cuidados especializados que permite diagnosticar e tratar antes que ocorram as fraturas.

O envelhecimento da população, aliado ao aumento dos hábitos tabágicos, à generalização do sedentarismo e à ausência de exigências físicas significativas devido a novas profissões e estilos de vida, fundamenta as estimativas de que a dimensão da osteoporose tenderá a aumentar exponencialmente nos próximos anos. São funções da UCF-OP do Baixo Vouga, entre outras;

  • Promover o cesso universal e equitativo à prestação de cuidados de saúde;
  • Fomentar a cooperação entre profissionais e a articulação e complementaridade entre as várias unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS);
  • Promover a utilização de novas técnicas e contribuir para a implementação de programas regionais ou nacionais nesta área.

No âmbito da criação da primeira UCF-OP na região Centro e no país, Rosa Reis Marques, presidente da ARSC, sublinha que «a cooperação clínica e institucional entre os cuidados de saúde primários e hospitalares trará, sem dúvida, resultados promissores para a saúde dos nossos doentes, no âmbito da prevenção e do tratamento desta doença silenciosa».

Meio milhão de pessoas com osteoporose em Portugal

A osteoporose e as fraturas osteoporóticas que lhe são consequentes constituem um importante problema de saúde pública a que importa dar resposta.

Calcula-se que em Portugal exista cerca de meio milhão de pessoas com osteoporose e estima-se que a incidência anual de fraturas da anca seja entre 154 a 572 por 100.000 mulheres e de 77 a 232 por 100.000 homens, dependendo da idade.

Mais de 10.000 doentes são admitidos anualmente no SNS devido a fraturas de fragilidade da anca, o que implica internamento. A ocorrência deste tipo de fratura aumenta em 15 a 25% a mortalidade do indivíduo durante o primeiro ano depois da fratura. A maioria dos doentes torna-se dependente de terceiros e muitos ficam acamados.

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ARSC  – http://www.arscentro.min-saude.pt/