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INE revela contas da Saúde

26/06/2018

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou hoje, dia 26 de junho, a Conta Satélite da Saúde. De acordo com o documento, em 2017, a despesa do Estado com a saúde aumentou, a despesa corrente das famílias em saúde desacelerou e a componente pública da despesa subiu enquanto a componente privada diminuiu.

Em 2017, a despesa com Saúde aumentou 3%, o que significa uma redução em relação aos dois anos anteriores, tendo atingido os 17,3 milhões de euros, que representam 9% do Produto Interno Bruto e 1.683,9 euros per capita.

A despesa das famílias com saúde desacelerou em 2017, depois de ter aumentado nos últimos três anos.  A despesa corrente aumentou 4,5% em 2016, reforçando o crescimento observado nos dois anos anteriores (3,6% em 2014 e 3,4% em 2015), mas em 2017, as estimativas preliminares apontam para uma desaceleração da despesa corrente das famílias em saúde (+1,1%), refere o INE.

«Os aumentos da despesa em prestadores privados de cuidados de saúde em ambulatório (+6,5%), em todas as outras vendas de bens médicos (+4,2%) e em farmácias (+3,0%) foram determinantes nesta evolução», sublinha o documento.

Em 2016, as famílias concentraram a sua despesa nos prestadores privados (40,8% em prestadores de cuidados de saúde em ambulatório e 14,3% em hospitais), em farmácias (24,0%) e em todas as outras vendas de bens médicos (10,3%).

Os dados divulgados avançam ainda que a despesa corrente pública em Saúde cresceu, no triénio 2015-2017, mais do que a despesa corrente privada, «reforçando a sua importância relativa no financiamento do sistema de saúde português».

Em 2017, o conjunto dos prestadores públicos representou 39,3% da despesa, sendo que os hospitais com contrato de Parceria Público-Privada (PPP) representaram 20,3% da despesa dos hospitais privados.

«Em 2016, a despesa dos hospitais públicos e dos prestadores públicos de cuidados em saúde em ambulatório cresceu mais do que nos prestadores privados. A conjugação do aumento do consumo intermédio (…) e dos custos com o pessoal (…) determinaram esta evolução», explica o INE.

Nos prestadores privados, o documento destaca o aumento da despesa dos hospitais (4,6%) devido à abertura de novas unidades hospitalares e ao incremento da atividade.

Em 2016, a despesa corrente em saúde foi financiada, fundamentalmente, pelo Serviço Nacional de Saúde e Serviços Regionais de Saúde das Regiões Autónomas (57%) e pelas famílias (27,8%).

Os subsistemas de saúde públicos representaram 4,2%, as outras unidades da administração pública 3,9% e as sociedades de seguros 3,7%.

Para saber mais, consulte:

Instituto Nacional de Estatística – https://www.ine.pt

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