No 2.º semestre de 2017, em cada 100 trabalhadores que constituem a população ativa portuguesa (empregados e desempregados) 12,8 trabalhavam numa entidade das administrações públicas. Em média, mais de metade dos trabalhadores no sector das administrações públicas são mulheres (59,9%) sendo a taxa de participação feminina mais expressiva nas administrações regionais dos Açores (66,2%) e da Madeira (70,3%) e nas entidades dos Fundos de Segurança Social (81,1%).
A idade média estimada para os trabalhadores das administrações públicas é de 47,0 anos, tendo aumentado 3,4 anos em comparação com o final de 2011. Não considerando as carreiras das Forças Armadas e de Segurança, onde se concentram os maiores índices de juventude e de renovação, a idade média dos trabalhadores civis das administrações públicas aumenta, de forma geral, para os 48,0 anos de idade, sendo a dos homens mais elevada (48,7 anos) relativamente à das mulheres trabalhadoras (47,7 anos).
O nível de tecnicidade do emprego nas administrações públicas é elevado: 52,5% dos trabalhadores possuem habilitação de ensino superior, situando-se 27,0 pontos percentuais acima do mesmo indicador registado para a população ativa globalmente considerada. O valor máximo deste indicador regista-se na administração central (58,2%) e o mínimo na administração local (26,3%).
O emprego nas empresas e entidades públicas que integram o sector público (sociedades não financeiras e financeiras) caracteriza-se por uma estrutura maioritariamente masculina, sendo este indicador particularmente relevante nas entidades detidas pela administração regional da Madeira (85,5% homens e 14,5% mulheres)
Segundo a distribuição do emprego por NUTS, a maior concentração geográfica de estabelecimentos de educação e ensino básico e secundário públicos situa-se na região Norte (290). Na Área Metropolitana de Lisboa regista-se, em média, o maior número de docentes por estabelecimento (159,6).
Na atividade de saúde humana, a distribuição por NUTS II do rácio do pessoal de saúde por mil residentes em Portugal varia entre 7,0 trabalhadores das carreiras da saúde por mil residentes na região do Alentejo e acima de 10 trabalhadores por mil residentes nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
Veja neste BOEP n.º 18 um conjunto de dados e indicadores de caracterização de emprego público e remunerações a partir da informação recolhida através do Sistema de Informação da Organização do Estado (SIOE): estrutura etária e níveis de escolaridade dos trabalhadores das administrações públicas e nas sociedades não financeiras e financeira do sector público; emprego e remunerações por atividade económica; distribuição geográfica do emprego por NUTS, entre outros indicadores.
O BOEP n.º 18 inclui informação complementar dos dados da série desde 2011 publicados na SIEP do 1.º trimestre 2018.
BOEP n.º 18 – Quadros Cap1 Administrações públicas
BOEP n.º 18 – Quadros Cap2 Sector público – sociedades
BOEP n.º 18 – Quadros Cap3 Outros indicadores
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