04/07/2018
Foi publicado esta quarta-feira, dia 4 de julho, o Despacho n.º 6535/2018, que cria a Comissão Nacional para a celebração do Centenário da Pneumónica, com a missão de evocar um evento marcante na história contemporânea com consequências demográficas, sociais, culturais e políticas determinantes para a sociedade moderna.
Esta Comissão Nacional é composta por representantes das áreas dos Negócios Estrangeiros, Defesa, Justiça, Cultura, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Educação, e Saúde, cabendo a este último a presidência.
O diploma cria, ainda, uma Comissão Executiva para a celebração do Centenário da Pneumónica, com a função de propor, à Comissão Nacional, o programa evocativo desta efeméride, bem como coordenar e operacionalizar as atividades nas áreas dos respetivos membros.
A Comissão Executiva é coordenada pelo Presidente do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e integra responsáveis da Secretaria-Geral do Ministério Saúde, Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, Direção-Geral da Saúde, Administração Central do Sistema de Saúde, Museu da Saúde, Direção de História e Cultura Militar, Direção-Geral do Património Cultural, Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses e Cruz Vermelha Portuguesa.
A Pneumónica (1918-1919)
No fim da Grande Guerra, a Pneumónica, ou indevidamente chamada Gripe Espanhola, dizimou dezenas de milhares de vidas, tendo sido, até hoje, a maior pandemia mundial, causando mais mortes que a Peste Negra ao longo de vários séculos.
A Pneumónica atingiu Portugal em maio de 1918 e, em cerca de dois anos, gerou uma crise demográfica grave, perdendo algumas zonas do país cerca de 10% da população, mantendo-se ainda viva na memória de muitos portugueses as consequências desta pandemia.
O combate à doença, liderado pelo médico, investigador e higienista Ricardo Jorge, passou pela adoção de medidas de contenção, como o encerramento de escolas, a proibição de feiras e romarias, e a requisição de dezenas de locais públicos e particulares para a improvisação de hospitais, num contexto de formulação de recomendações dirigidas às autoridades sanitárias bem como a aprovação de medidas legislativas que refletem uma forma organizada, e ainda atual, de responder à dispersão da epidemia.
Considerando que, em 2018 e 2019, se assinalam 100 anos decorridos após esta pandemia, o Ministério da Saúde, através do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, propõe a estruturação de um marcante programa evocativo da memória do centenário da pneumónica com o significado, importância e dimensão desta pandemia.
Para saber mais, consulte:
Despacho n.º 6535/2018 – Diário da República n.º 127/2018, Série II de 2018-07-04
Negócios Estrangeiros, Defesa Nacional, Justiça, Cultura, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Educação e Saúde – Gabinetes dos Ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa Nacional, da Ministra da Justiça e dos Ministros da Cultura, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, da Educação e da Saúde
Determina a estruturação de um marcante programa evocativo da memória do centenário da pneumónica e cria a Comissão Nacional para a celebração do Centenário da Pneumónica (CNCP)
Criada Comissão Nacional para celebração do Centenário da Pneumónica
05-07-2018
O Governo decidiu criar a Comissão Nacional para celebração do Centenário da Pneumónica (CNCP), com a missão de evocar um evento marcante na história contemporânea com consequências demográficas, sociais, culturais e políticas determinantes para a sociedade moderna. A CNCP é composta por representantes das áreas governativas dos Negócios Estrangeiros, Defesa, Justiça, Cultura, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Educação, e Saúde, cabendo a esta última a presidência.
Através do Despacho n.º 6535/2018, publicado dia 4 de julho em Diário da República, é ainda criada uma Comissão Executiva para a celebração do Centenário da Pneumónica. Coordenada pelo Presidente do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, esta Comissão tem como função de propor, à Comissão Nacional, o programa evocativo desta efeméride, bem como coordenar e operacionalizar as atividades nas áreas dos respetivos membros.
No fim da Grande Guerra, a Pneumónica, ou indevidamente chamada Gripe Espanhola, dizimou dezenas de milhares de vidas, tendo sido, até hoje, a maior pandemia mundial, causando mais mortes que a Peste Negra ao longo de vários séculos. A Pneumónica atingiu Portugal em maio de 1918 e, em cerca de dois anos, gerou uma crise demográfica grave, perdendo algumas zonas do país cerca de 10% da população, mantendo-se ainda viva na memória de muitos portugueses as consequências desta pandemia.
O combate à doença, liderado pelo médico, investigador e higienista Ricardo Jorge, passou pela adoção de medidas de contenção, como o encerramento de escolas, a proibição de feiras e romarias, e a requisição de dezenas de locais públicos e particulares para a improvisação de hospitais, num contexto de formulação de recomendações dirigidas às autoridades sanitárias bem como a aprovação de medidas legislativas que refletem uma forma organizada, e ainda atual, de responder à dispersão da epidemia.
Considerando que, em 2018 e 2019, se assinalam 100 anos decorridos após esta pandemia, o Ministério da Saúde, através do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, herdeiro e guardião da memória do trabalho desenvolvido por Ricardo Jorge, que naquela altura era o Diretor do Instituto Central de Higiene, propõe a estruturação de um marcante programa evocativo da memória do centenário da pneumónica com o significado, importância e dimensão que esta pandemia teve.
Foto: Vista de uma das enfermarias do Hospital da Marinha | Machado e Souza (1907) | Arquivo Municipal de Lisboa