13/07/2018
A Associação Portuguesa de Nutrição acaba de lançar, com o apoio do Ministério da Saúde, o livro digital «Melhor grão, Melhor pão: uma análise nutricional sobre o pão», uma ferramenta de promoção da literacia, onde se detalha o perfil nutricional do pão e o benefício do seu consumo para a saúde. Este e-book descreve ainda o processo de criação do pão e disponibiliza um conjunto de recomendações a ter em conta no momento da compra, do armazenamento e do consumo. Para além disso, apresenta curiosidades e detalhes sobre o papel do pão na tradição portuguesa e sugere refeições equilibradas tendo por base este alimento.
O Ministério da Saúde apoia esta iniciativa, que se enquadra na Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS), na medida em que promove a melhoria da qualidade e da acessibilidade da informação disponível ao consumidor, a literacia, bem como a inovação e empreendedorismo direcionado para a área da alimentação saudável, por via dos meios digitais, de forma gratuita.
O pão é um dos elementos mais antigos e consumidos em todo o Mundo e destaca-se pelo seu importante valor nutricional. Sublinhe-se, a título de exemplo, o baixo valor energético quando comparado com os seus substitutos. E, além de apresentar uma grande variedade de escolha está, habitualmente, acessível a grande parte da população.
Algumas vezes o consumo de pão é desaconselhado devido à elevada quantidade de sal, mas também isso está a mudar. No final de 2017, as Associações dos Industriais de Panificação, Pastelaria e Similares do Norte, Centro e Lisboa assinaram um protocolo com a Direção-Geral da Saúde (DGS) e com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge) em que se comprometem a reduzir o teor de sal no pão do limite legal máximo de 1,4g de sal por 100g de produto para menos de 1g por 100 gramas de produto, até 2021.
No âmbito desse compromisso foi criado, no primeiro trimestre deste ano, Projeto Selo Pão com «Menos Sal, mesmo sabor»: um selo de excelência atribuído às padarias que alcancem a meta de menos de 1 g de sal por cada 100g de produto em todos os pães comercializados, ainda em 2018, havendo já selos atribuídos.
O compromisso assumido no final de 2017 foi agora renovado, com um avanço no que respeita às gorduras trans – cujo consumo está associado ao risco acrescido de doença cardiovascular e à mortalidade associada. A adenda assinada no dia 11 de julho, no Porto, pelas três associações, a DGS e o INSA estabelece uma nota meta: atingir valores inferiores a 1g de ácidos gordos trans industrializados por 100g de gordura até 31 de dezembro de 2020, ou seja, tecnicamente a abolição das gorduras trans destes produtos. Esta medida vai ao encontro do objetivo traçado pelo Ministério da Saúde, perante a OMS.
Para saber mais, consulte:
Livro digital «Melhor grão, Melhor pão: uma análise nutricional sobre o pão»