26/07/2018
O Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, no âmbito do Dia Mundial de Cancro da Cabeça e Pescoço, que se celebra a 27 de julho, alerta para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, sensibilizando a população a não desvalorizar sintomas como dor de garganta, alterações da audição e nariz entupido, feridas na boca e aftas que não cicatrizam ao fim de três semanas, rouquidão e outros.
Em Portugal, todos os anos são diagnosticados cerca de três mil novos casos de cancro da cabeça e pescoço. A doença atinge principalmente fumadores ou ex-fumadores e pessoas que consomem álcool de forma excessiva, contudo existe um número crescente de casos associados a outros fatores de risco, como a infeção por vírus do papiloma humano (VPH).
Quando diagnosticado precocemente, este cancro tem uma taxa de cura que ronda os 80%. «O diagnóstico precoce é fundamental e a referenciação para centros de excelência, com equipas multidisciplinares, é igualmente importante», explica Jorge Guimarães, coordenador da Clínica de Cabeça e Pescoço do IPO Porto, explicando que «a prevenção pode passar por uma boa higiene oral, por não fumar e não beber bebidas alcoólicas em excesso e aderir à vacinação contra o VPH antes de iniciar a vida sexual».
De 24 a 27 de julho, o IPO Porto organiza ainda uma ação de formação intensiva para cerca de 150 profissionais de saúde (médicos de família, médicos dentistas e enfermeiros), com o objetivo de sensibilizar e formar os profissionais de primeira linha para que possam intervir sobre os fatores de risco e identificar precocemente os sintomas da doença.
O hospital vai também criar uma linha direta de comunicação com estes profissionais para que possam enviar, por correio eletrónico (clinicacabecaepescoco@ipoporto.min-saude.pt), fotografias e exames para partilhar e esclarecer dúvidas com os oncologistas da Clínica de Cabeça e Pescoço.
Em Portugal, de acordo com os últimos dados (2015), a incidência de carcinoma da cabeça e pescoço foi de 52 novos casos por 100.000 na população masculina, por ano, e de oito novos casos por 100.000 na população feminina, com taxas de mortalidade de 20/100.000 e 3/100.000, respetivamente. Anualmente, há cerca de 3.000 novos casos da doença em Portugal, 85% dos quais em fumadores ou ex-fumadores, com taxas de incidência e mortalidade das mais elevadas na Europa.
Para saber mais, consulte:
Instituto Português de Oncologia do Porto, IP – http://www.ipoporto.pt/