30/07/2018
O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, presidiu esta segunda-feira, dia 30 de julho, à cerimónia de inauguração da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital São João, no Porto.
A nova unidade abre com 12 camas e um aumento de profissionais, nomeadamente enfermeiros e assistentes operacionais, que eleva para 40 o número de recursos humanos disponíveis no serviço.
A Diretora do Serviço de Cuidados Paliativos do Centro Hospitalar São João, Edna Gonçalves, salientou que «é a materialização de um sonho que era fundamental».
«O rácio definido pelo plano estratégico foi cumprido nesta unidade: além dos seis enfermeiros que já tínhamos, chegaram mais 15, temos nove assistentes operacionais quando não havia nenhum, passamos a ter também um assistente técnico e vamos aumentar o apoio de psicologia e de assistência social. Virá também mais uma médica que nos permitirá ter médico sete dias por semana, 12 horas por dia», descreveu.
Ao todo serão cerca de 40 profissionais em todo o serviço, afirmou Edna Gonçalves, acrescentando que vão ser assistidos «doentes oncológicos e não oncológicos, com doenças neuromusculares, com demência em situação complexa, com insuficiência respiratória, cardíaca, hepática, hematológica e doentes transplantados, todo o tipo de doentes com doenças incuráveis».
O Secretário de Estado destacou o «momento histórico» da inauguração de «uma unidade para doentes altamente complexos, que vai servir de formação, de escola, a outros profissionais de saúde, que vai ser local de investigação e que, acima de tudo, vai dar uma resposta aos utentes e suas famílias numa área que é carenciada e na qual o Governo quer investir».
A prestação de cuidados aos doentes com doenças graves e/ou avançadas e progressivas, com o objetivo de promover o seu bem-estar e qualidade de vida, é um elemento qualitativo essencial do sistema de saúde, devendo garantir-se o seu adequado desenvolvimento na continuidade dos cuidados de saúde, tendo por base os princípios de equidade e de cobertura universal. Neste contexto, o Ministério da Saúde decidiu alargar esta área da prestação de cuidados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, anualmente, mais de 40 milhões de pessoas necessitem de cuidados paliativos em todo o mundo e reconhece a eficiência e custo-efetividade de diversas formas de organização de cuidados paliativos no alívio do sofrimento.
O Governo defende o desenvolvimento de modelos de cuidados paliativos, plenamente integrados nos sistemas nacionais de saúde e na continuidade de todos os níveis de cuidados, que a OMS considera uma responsabilidade ética de cada Estado.