Os municípios de Almada, Amadora, Loures, Odivelas, Oeiras, Seixal, Setúbal e Sintra mostraram interesse na adesão à iniciativa «Fast Track Cities – Cidades na via rápida para acabar com a epidemia VIH», seguindo o exemplo de Cascais, Lisboa e Porto.
A primeira reunião decorreu, esta terça-feira, dia 31 de julho, no Ministério da Saúde, em Lisboa, e contou com a presença do coordenador do grupo de trabalho criado para definir uma estratégia integrada para a eliminação da epidemia do VIH/Sida, Kamal Mansinho, e de representantes da Direção-Geral da Saúde, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, da Associação Nacional das Farmácias e, ainda, de organizações da sociedade civil (Abraço, AJPAS – Associação de Intervenção Comunitária, Desenvolvimento Social e de Saúde, GAT – Grupo de Ativistas em Tratamentos, Liga Portuguesa Contra a Sida, Fundação Portuguesa Comunidade Contra a Sida, SER+).
Além da apresentação do retrato mais recente sobre o VIH/sida em Portugal, a reunião focou-se na partilha de experiências – com a apresentação das estratégias de Lisboa e de Cascais –, na manifestação de interesse na iniciativa internacional por parte dos oito municípios da Grande Lisboa e na perspetiva das organizações da sociedade civil. Estas últimas lançaram um repto, inclusive, para que seja criado um grupo de trabalho permanente, para garantir uma ação concertada a nível nacional no combate ao VIH/sida.
O projeto Fast Track Cities foi lançado no Dia Mundial de Luta contra a Sida, em Paris, em 2014, e, em maio do ano passado, as cidades de Cascais, Lisboa e Porto assinaram a Declaração de Paris e comprometeram-se a fazer de Portugal um Fast Track Country. As cidades de Lisboa e Cascais já apresentaram, publicamente, a estratégia municipal nesta área.
Portugal rumo aos 90-90-90
A infeção por VIH representa um importante problema de saúde pública na Europa e, em particular, em Portugal. Apesar da redução de 54% no número de novos infetados pelo vírus, entre 2008 e 2016, Portugal continua a apresentar uma das mais elevadas taxas de incidência de infeção por VIH da União Europeia, apresentando valores de 10 por 100.000 habitantes, face a uma média europeia de 6,3 por 100.000 habitantes.
Dadas as especificidades e diferenças existentes no território, e atendendo à mais-valia da proximidade, bem como da existência de infraestruturas, recursos materiais e humanos, as cidades encontram-se em posição privilegiada para liderar as ações, acelerando a resposta ao VIH, e atingir, até 2020, as metas 90-90-90: 90% das pessoas que vivem com VIH a saber que têm o vírus; 90% das pessoas diagnosticadas com VIH a receber tratamento; e 90% das pessoas em tratamento com carga viral indetetável.
É de sublinhar que Portugal já atingiu duas das três metas, facto elogiado e reconhecido, pela Organização Mundial da Saúde, como um bom exemplo a nível internacional. No nosso país, mais de 90% das pessoas com VIH estão diagnosticadas e mais de 90% das que estão em tratamento já não transmitem a infeção.
Oito municípios da área metropolitana de Lisboa mostram interesse em aderir a iniciativa “Fast Track Cities”
03-08-2018
Os municípios de Almada, Amadora, Loures, Odivelas, Oeiras, Seixal, Setúbal e Sintra mostraram interesse na adesão à iniciativa “Fast Track Cities – Cidades na via rápida para acabar com a epidemia VIH”, seguindo o exemplo de Cascais, Lisboa e Porto. Lançado no Dia Mundial de Luta contra a Sida, em Paris, em 2014, este projeto tem como principal objetivo acelerar a resposta ao VIH/SIDA nas grandes cidades.
Neste sentido, decorreu, dia 31 de julho, no Ministério da Saúde, em Lisboa, uma primeira reunião de trabalho que contou com a presença do coordenador do grupo de trabalho criado para definir uma estratégia integrada para a eliminação da epidemia do VIH/SIDA, Kamal Mansinho, e de representantes da Direção-Geral da Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, entre outras instituições. A representação do Instituto Ricardo Jorge foi assegurada pelo vogal do seu Conselho Diretivo, José Maria Albuquerque, e pela responsável pela vigilância da infeção por VIH/SIDA, Helena Cortes Martins.
Além da apresentação do retrato mais recente sobre o VIH/SIDA em Portugal, a reunião focou-se na partilha de experiências – com a apresentação das estratégias de Lisboa e de Cascais –, na manifestação de interesse na iniciativa internacional por parte dos oito municípios da Grande Lisboa e na perspetiva das organizações da sociedade civil presentes. Estas últimas lançaram um repto, inclusive, para que seja criado um grupo de trabalho permanente, para garantir uma ação concertada a nível nacional no combate ao VIH/SIDA.
O Instituto Ricardo Jorge é um dos subscritores da Declaração Conjunta do projeto nacional “Fast-Track Cities International – Cidades na Via Rápida para eliminar o VIH”, assinada pelos municípios de Cascais, Porto e Lisboa, dia 29 de maio de 2017, no auditório do INFARMED, em Lisboa. O Instituto integra também o grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde com vista a definir uma estratégia integrada para a eliminação da epidemia do VIH/SIDA nas cidades de Cascais, Lisboa e Porto, no contexto deste projeto e definir o posterior alargamento a outros concelhos.
A infeção por VIH/SIDA constitui um importante problema de saúde pública na Europa e em Portugal. Uma das questões prementes que se verifica e importa dar especial atenção prende-se com o facto de a incidência do VIH nas grandes cidades ser muito superior quando comparada com outras áreas do país, sendo que o número de novos casos de VIH nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto representa cerca de dois terços do número de novas infeções em Portugal.
Dadas as especificidades e diferenças existentes no território, e atendendo à mais-valia da proximidade, bem como da existência de infraestruturas, recursos materiais e humanos, as cidades encontram-se em posição privilegiada para liderar as ações, acelerando a resposta ao VIH, e atingir, até 2020, as metas 90-90-90, que consistem em 90% das pessoas que vivem com VIH estarem diagnosticadas, 90% destas receberem tratamento e 90% das pessoas sob terapêutica atingirem a supressão vírica.