10-08-2018
Ana Pelerito, especialista do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge em emergência e biopreparação, vai integrar uma missão internacional de prevenção e preparação de resposta rápida para a doença por vírus Ébola em Angola. A missão, que terá lugar entre os dias 13 e 18 de agosto, em Luanda, decorre no âmbito da assistência técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) ao Ministério da Saúde de Angola face à epidemia do Ébola que se verifica neste momento na República Democrática do Congo.
Coordenada pela rede internacional de resposta a emergências em Saúde Pública GOARN (Global Outbreak Alert and Response Network), esta missão tem como objetivo dar formação aos membros da equipa de resposta rápida do nível central e das províncias prioritárias. A ação formativa, que será desenvolvida por equipa multidisciplinar da rede GOARN, constituída por cerca de 15 elementos de diferentes países, incluirá a gestão de casos, colheita e transporte de amostras, rastreamento de contactos, descontaminação, investigação de surtos e mobilização social.
De Portugal, além de Ana Pelerito, integram também esta equipa da GOARN uma médica infeciologista do Centro Hospitalar de São João, no Porto, e uma médica de saúde pública da Autoridade de Saúde – Sanidade Internacional da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. A GOARN é uma rede internacional de alerta e resposta a surtos e emergências na área da saúde, formada por organizações e instituições de todo o mundo, que agrega e disponibiliza recursos humanos e técnicos para identificação rápida, confirmação e resposta a surtos de importância internacional.
O Instituto Ricardo Jorge, através da Unidade de Resposta a Emergências e Biopreparação (UREB) do seu Departamento de Doenças Infeciosas, é a instituição de referencia a nível nacional na área da Biossegurança, tendo a seu cargo comissão de Biossegurança e a coordenação da rede Lab PTBioNet (Rede Laboratorial Portuguesa de Biossegurança). A UREB é também responsável pela coordenação da resposta laboratorial especializada, rápida e integrada em situações de casos e surtos e que possam constituir um risco para a Saúde Pública, particularmente no contexto de casos de surtos de infeções por microrganismos emergentes e reemergentes de disseminação natural ou deliberada.
Portugal integra missão internacional de prevenção e resposta
Três especialistas portugueses integram uma missão internacional de prevenção e resposta rápida ao Ébola para ajudar Angola a conter o surto que afeta o país vizinho, a República Democrática do Congo.
A missão, que decorre no âmbito da assistência técnica da Organização Mundial da Saúde ao Ministério da Saúde de Angola à epidemia do vírus Ébola, entre os dias 13 e 18 de agosto, em Luanda, é coordenada pela rede internacional de resposta a emergências em Saúde Pública GOARN(Global Outbreak Alert and Response Network) e visa dar formação aos membros da equipa de resposta rápida do nível central e das províncias prioritárias.
Serão cerca de 15 elementos de diferentes países que vão focar-se na gestão de casos, colheita e transporte de amostras, rastreamento de contatos, descontaminação, investigação de surtos e mobilização social, numa formação transversal que abrange desde a componente laboratorial aos procedimentos a adotar nas fronteiras.
Segundo a microbiologista do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (instituto Ricardo Jorge), Ana Pelerito, uma das especialistas que integra a equipa portuguesa, o objetivo é «poderem estar preparados» para prevenir e controlar um possível surto de vírus em Angola.
«A minha intervenção tem a ver com a parte de diagnóstico laboratorial. Vou participar nesta formação explicando quais são as melhores amostras para detetar esta infeção, como é que essas amostras têm de ser colhidas, como é que tem de ser processadas, como têm de ser transportadas até chegar ao laboratório, qual é a manipulação que se deve fazer no laboratório para depois lá, ou se tiverem de ser enviadas para outro país as amostras estarem em condições para serem identificadas», explica a especialista do Instituto Ricardo Jorge.
De Portugal, além de Ana Pelerito, integram também esta missão uma médica infeciologista do Centro Hospitalar de São João, no Porto, e uma médica de saúde pública da Autoridade de Saúde – Sanidade Internacional da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
O novo surto de Ébola no leste da República Democrática do Congo já causou dez vítimas mortais, segundo o Ministério da Saúde local. As autoridades do país estão a investigar as causas das mortes de outras 27 pessoas para determinar se foram infetadas pelo vírus Ébola e identificaram outros 54 casos.
Para saber mais, consulte:
Instituto Ricardo Jorge > Missão de prevenção e preparação de resposta rápida para a doença por vírus Ébola em Angola