Organização das Nações Unidas: combate à obesidade infantil

27/09/2018

No âmbito da 73.ª Assembleia Geral das Nações Unidas decorreu no dia 26 de setembro o evento paralelo «Abordando a obesidade infantil» («Adressing Childhood Obesity»), que contou com a participação do Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo.

Portugal foi coorganizador deste encontro, onde foi analisado o problema da obesidade infantil e o programa COSI (Childhood Obesity Surveillance Initiative – Iniciativa de Vigilância da Obesidade Infantil).

A abertura deste evento contou com uma intervenção do Ministro da Saúde, que sublinhou a complexidade da erradicação desta doença e as consequências que a mesma tem para a vida adulta das crianças.

O Ministro referiu que se estima que uma em cada três crianças na Europa sofra de excesso de peso ou obesidade. A Organização Mundial da Saúde relata que, se as tendências atuais continuarem, 70 milhões de bebés e crianças pequenas terão excesso de peso ou obesidade até 2025.

Adalberto Campos Fernandes informou que Portugal foi um dos países pioneiros na implementação do COSI e que, dez anos depois, a realidade é diferente. Com base em fortes evidências fornecidas pelo COSI foi possível promover uma mudança concreta, dando como exemplo o imposto sobre o açúcar implementado em 2017.

O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, que também foi um dos intervenientes neste encontro, referiu que o projeto COSI foi uma enorme inovação trazida para Portugal.

Considera que o projeto provou ser um sucesso, sendo que, agora, o desafio é fazê-lo anualmente, bem como ampliar a população da amostra o máximo possível.

Referiu que os dados do COSI orientaram e apoiaram várias das intervenções do Governo, sendo uma ferramenta essencial na avaliação do impacto das políticas de saúde e no acompanhamento da sua implementação.

Fernando Araújo informou que os dados mais atualizados do COSI permitiram perceber que a promoção da atividade física deve ser uma prioridade nacional, tendo sido nesse sentido que Portugal definiu o seu programa de promoção da atividade física, em consonância com o Plano de Ação Global para a Atividade Física.

O Secretário de Estado informou também que os dados do COSI permitiram conceber outras políticas de saúde pública inovadoras, dando como exemplo a Estratégia Nacional Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável. Sublinhou que esta estratégia é uma referência internacional e que envolve sete ministérios diferentes, sob uma estratégia unificadora.

Para saber mais, consulte:


Vigilância da obesidade infantil em análise nas Nações Unidas

O Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, participam no evento paralelo «Abordando a obesidade infantil» («Adressing Childhood Obesity»), que decorre esta quarta-feira, dia 26 de setembro, em Nova Iorque, no âmbito da 73.ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

Os participantes neste evento paralelo vão discutir a importância do COSI (Childhood Obesity Surveillance Initiative – Iniciativa de Vigilância da Obesidade Infantil), um sistema projetado para medir as tendências de excesso de peso e obesidade, juntamente com dados sobre comportamentos de estilo de vida, em crianças com idades compreendidas entre os seis e nove anos.

A discussão promove iniciativas para ampliar o COSI do nível regional para o global, refletindo as solicitações de muitos países de outras regiões da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Ministro da Saúde é copresidente deste evento, em conjunto com Bente Mikkelsen, do Escritório Regional da OMS para a Europa. O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde participa no debate do Painel de Alto Nível, juntamente com a Ministra da Saúde da Federação Russa, Veronika Skvortsova, e com o diretor do Departamento de Desenvolvimento Nutricional da OMS, Francesco Branca.

A obesidade infantil é considerada um importante problema de saúde pública e está associada a uma ampla gama de consequências sociais e de saúde graves na infância, bem como a um maior risco de morte prematura e incapacidade na vida adulta.

A prevenção é reconhecida como a única opção viável para conter a epidemia e os dados de vigilância nutricional são essenciais para projetar, implementar e avaliar efetivamente políticas e estratégias voltadas para combater a obesidade.

O COSI, um sistema inovador que só existe na Região Europeia da OMS, fornece informações e dados valiosos para lidar com o problema do excesso de peso, permitindo a definição de políticas para combater a obesidade infantil.

Para saber mais, consulte:

  • Organização das Nações Unidas > Assembleia Geral (em inglês, francês, espanhol, árabe, chinês e russo)
  • Abordando a obesidade infantil > Folheto (em inglês)