28-09-2018
Um trabalho de investigadores do Instituto Ricardo Jorge e do Instituto de Saúde Carlos III (Espanha) recebeu o prémio de melhor comunicação conjunta Portugal-Espanha do XIII Congresso da Associação Portuguesa de Epidemiologia (APE) e da XXXVI Reunião Científica da Sociedade Espanhola de Epidemiologia (SEE), que decorreu, entre os dias 11 e 14 de setembro, na reitoria da Universidade Nova de Lisboa. Subordinado ao tema “Epidemiologia em um contexto global”, o evento contou com mais de 750 participantes inscritos.
Da autoria de Susana Silva, Ana Paula Rodrigues e Baltazar Nunes (Instituto Ricardo Jorge) e de Clara Mazagatos-Ateca, Concepción Delgado-Sanz, Jesús Oliva e Amparo Larrauri (Instituto de Saúde Carlos III), o trabalho “Influenza-attributable mortality in the Iberian Peninsula, seasons 2012/13 – 2017/18” estima a mortalidade atribuível à gripe, nos dois países, nas épocas entre 2012-2013 e 2017-2018. O número de óbitos e as taxas de mortalidade atribuíveis à gripe são estimadas para o total da população e por grupo etário.
No inverno, tanto em Portugal como em Espanha, verificam-se frequentemente excessos de mortalidade por todas causas, principalmente entre na população mais idosa. Para estes excessos contribuem as temperaturas extremas (frio) bem como a circulação do vírus da gripe, pelo que é importante quantificar a fração de mortalidade atribuível à gripe, permitindo a estimação do impacte das epidemias sazonais na população.
O Instituto Ricardo Jorge esteve representado nesta organização conjunta da APE e SEE através dos seus departamentos de Epidemiologia e de Doenças Infeciosas, integrando a Comissão Científica do Congresso e participando com a apresentação de oito comunicações orais e quatro comunicações em painel. As comunicações incluíram temas relacionados com as temáticas do cancro, acidentes domésticos e de lazer, aleitamento materno, violência psicológica contra as pessoas idosas, vigilância da gripe, diagnóstico pré-natal e limitações físicas nas atividades diárias provocadas por causas ocupacionais.
