10/10/2018
Os primeiros testes rápidos (testes point of care) de rastreio de infeções por VIH, VHC e VHB em farmácias comunitárias e nos laboratórios de patologia e análises clínicas começam a partir desta quarta-feira, dia 10 de outubro, a estar disponíveis em farmácias de Cascais e serão depois alargados progressivamente a outras zonas do país.
Nesta mesma data, pelas 16h50, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, e o Diretor adjunto da ONUSIDA – Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o VIH/Sida, Tim Martineau, visitam a farmácia Farmácia Alto da Castelhana, em Alcabideche, Cascais, uma das primeiras a disponibilizar os testes rápidos de rastreio de infeções por VIH e hepatites virais.
A generalidade das farmácias de Cascais já teve a formação ministrada pela Ordem dos Farmacêuticos que permite aos profissionais estarem preparados para realizar os testes, fazer aconselhamento diferenciado e identificar fatores de risco.
Os testes rápidos terão sempre que ser confirmados posteriormente, caso sejam reativos (positivos). Caberá ao utente ou à farmácia entrar em contacto com a linha SNS24 que depois fará o encaminhamento para o hospital.
Com estas medidas, o Governo pretende aumentar a deteção precoce da infecção por VIH e hepatites virais, e quebrar o ciclo de transmissões, tendo como objetivo, até 2030, transformar Portugal num país livre da epidemia de VIH/sida.
Farmácias em Cascais já realizam testes rápidos de rastreio de infeções por VIH, VHC e VHB
11-10-2018
Desde o dia 10 de outubro, já é possível fazer testes rápidos para deteção do VIH e hepatites virais (B e C) em 22 farmácias do concelho de Cascais. O município, que aderiu à iniciativa “Fast Track Cities” no ano passado, juntamente com Lisboa e Porto, é o primeiro a aplicar o despacho de março deste ano, que veio autorizar a realização de testes rápidos de rastreio de infeções por VIH, VHC e VHB nas farmácias comunitárias e nos laboratórios de análises clínicas.
Durante a visita a uma farmácia de Alcabideche, em Cascais, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, garantiu que a privacidade dos utentes está garantida em todo o circuito. “Só se for reativo, aquando do contacto com a linha SNS 24 para marcar a consulta [hospitalar] aí é que tem de se identificar, mas todo este circuito é totalmente confidencial, anónimo, de forma que o utente não tenha nenhum constrangimento de vir fazer o teste a qualquer farmácia”, afirmou.
“Começámos em Cascais, vamos alargar a Lisboa e Porto e depois às sete cidades que hoje [10 de outubro] assinam a Declaração de Paris. E, progressivamente, a todo o País”, acrescentou Fernando Araújo, que se fez acompanhar nesta visita pelo diretor executivo da ONUSIDA – Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o VIH/Sida, Tim Martineau, pelo presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, e pelo vogal do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, José Maria Albuquerque,
Lisboa e Porto serão as duas próximas cidades que vão passar a disponibilizar testes rápidos à população, seguidas de Almada, Amadora, Loures, Oeiras, Odivelas, Portimão e Sintra, municípios que assinaram, dia 10 de outubro, na Assembleia da República, a Declaração de Paris, juntando-se à iniciativa internacional “Fast Track Cities – Cidades na via rápida para acabar com a epidemia VIH”. Portugal passa a contar com 10 municípios aderentes, tornando-se o primeiro “Fast Track Country”.
O Instituto Ricardo Jorge é um dos subscritores da Declaração Conjunta “Fast-Track Cities International – Cidades na Via Rápida para eliminar o VIH”, que tem como objetivo, até 2030, transformar Portugal num país livre da epidemia de VIH/SIDA. O Instituto integra também o grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde com vista a definir uma estratégia integrada para a eliminação da epidemia do VIH/SIDA nas cidades de Cascais, Lisboa e Porto, no contexto deste projeto e definir o posterior alargamento a outros concelhos.