11/02/2019
Mais de metade dos portugueses têm pelo menos uma doença crónica, uma ocorrência mais frequente nas mulheres, nas pessoas com menos escolaridade e nos idosos, segundo dados do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF), divulgados a propósito do Dia Mundial do Doente, que se assinala esta segunda-feira, dia 11 de fevereiro.
De acordo com os dados do inquérito, 3,9 milhões de pessoas reportaram ter pelo menos uma doença crónica das citadas numa lista de 20 doenças.
Questionados sobre a existência de alguma doença ou problema de saúde que dure há mais de seis meses ou que se espere que venha a durar mais de seis meses, mais de metade dos inquiridos (57,8%) disseram que sim.
Quase 20% dos inquiridos (19,4%) disseram ter uma doença crónica, 17% apontaram duas e 10,4% referiram três patologias crónicas. A ocorrência de doença crónica foi mais frequente nas mulheres (62%) do que nos homens (53,1%), nas pessoas com menos escolaridade e no grupo etário dos 65-74 anos, referem os dados do INSA.
Nos homens, as doenças crónicas mais frequentes foram hipertensão (25,1%), colesterol elevado (23,7%), alergia (11,4%), diabetes (10,4%), dor crónica (7,4%) e artrose (7,3%). Nas mulheres, as doenças crónicas mais apontadas foram hipertensão (26,1%), colesterol elevado (25,7%), artrose (20,6%), alergia (18,1%), depressão (15,2%) e dor crónica (13,5%).
Promovido e coordenado pelo Departamento de Epidemiologia do INSA, o primeiro INSEF foi desenvolvido em 2015 para recolha de informação epidemiológica sobre o estado, determinantes e cuidados de saúde da população portuguesa.
Os indicadores apurados referem-se à população com idades entre os 25 e os 74 anos, tendo contado com a participação de 4.911 pessoas, na sua maioria em idade ativa (84,3% com idade entre os 25 e os 64 anos), cerca de três quintos (63,4%) dos quais «sem escolaridade ou com escolaridade inferior ao ensino secundário» e 11,2% desempregados.
O INSEF tem como finalidade contribuir para a melhoria da saúde dos portugueses, apoiando as atividades nacionais e regionais de observação e monitorização do estado de saúde da população, avaliação dos programas de saúde e a investigação em saúde pública.
Para saber mais, consulte:
Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico – http://www.insef.pt
Ministra da Saúde participa em ação contra o ruído hospitalar
No dia 11 de fevereiro celebra-se o Dia Mundial do Doente. Para assinalar esta efeméride, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) promove uma «Ação de Sensibilização Contra o Ruído Hospitalar» no átrio dos auditórios (Centro de Congressos).
Esta iniciativa, que conta com a participação da Ministra da Saúde, Marta Temido , enquadra-se nas linhas de ação do «Projeto H2 – Humanizar o Hospital» o qual foi apresentado publicamente no passado dia 24 de janeiro e consiste numa «grande concentração» que vai envolver profissionais, utentes e seus familiares, e membros do público em geral.
O projeto «Projeto H2 – Humanizar o Hospital» enquadra-se no conceito de cuidados de saúde centrados nas pessoas e tem como principais objetivos:
- Sensibilizar o universo hospitalar para a importância da adoção de uma cultura centrada no respeito pela pessoa doente e de quem dela cuida;
- Promover a melhoria da atividade assistencial através do apelo à adoção de valores e princípios como a dignidade, a compreensão, a cortesia e a empatia;
- Constituir-se como um incentivo a um trabalho colaborativo que envolva profissionais de saúde, doentes e seus familiares.
A ação de sensibilização contra o ruído hospitalar é aberta a todos os cidadãos que desejem associar-se à iniciativa.
Visite:
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra – http://www.chuc.min-saude.pt/