12-03-2019
O curso “Análise de Séries Temporais em Saúde Pública”, inicialmente previsto para os dias 18 e 19 de março, foi reagendado para 28 e 29 de maio. A formação, que terá lugar nas instalações do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, em Lisboa, visa abordar as principais aplicações da análise de séries temporais em saúde pública, nomeadamente a descrição da variação temporal (sazonalidade e tendência), a aplicação à vigilância epidemiológica, a avaliação do impacte de intervenções e a previsão ou projeção de indicadores.
“Plano de operacionalização de varáveis, plano de análise e descrição dos dados”, “Modelos de regressão em ST (Linear, Poisson e Binomial Negativa”, “Construção de linhas de base” e “Métodos para deteção de surtos” são alguns dos temas que fazem parte do programa do curso, promovido pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge. Os interessados em participar deverão efetuar a sua inscrição, até dia 17 de maio, através do preenchimento do seguinte formulário.
Destinado a investigadores e profissionais de saúde, “Análise de Séries Temporais em Saúde Pública” conta com uma forte componente prática. A ação formativa recorre ao ambiente R (The R Project for Statistical Computing) para exemplificação e treino das técnicas descritas, pelo que é necessário os participantes trazerem os seus computadores pessoais com R e R Studio instalados.
A análise de séries temporais é uma ferramenta essencial na epidemiologia e na saúde pública. O seu objetivo é a identificação de padrões não aleatórios (sazonalidade e tendências) e a medição do efeito de fatores externos (temperaturas extremas, poluição, intervenções, etc.) na variação de uma série temporal de interesse, tal como a mortalidade, hospitalizações ou ocorrências de casos de uma doença, numa escala diária, semanal, mensal ou anual.
A identificação destes padrões não aleatórios ou fatores externos, permite a sua previsão a curto e longo prazo, a avaliação do impacte de intervenções assim como a definição de linhas de base para a vigilância epidemiológica, sendo todo este conhecimento fundamental ao planeamento e à intervenção em saúde pública.