18-03-2019
Raquel Sabino, investigadora do Departamento de Doenças Infeciosas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, integrou recentemente a rede de “Fellows” (FECMM) da Confederação Europeia de Micologia Médica (ECMM). Esta rede de peritos em micologia médica tem como objetivos o fomento da colaboração entre os seus membros e a promoção da transmissão de conhecimentos inovadores, unindo investigadores com interesses de investigação semelhantes e estimulando a investigação entre pares.
O Comité da Academia ECMM elege os seus FECMM seguindo um processo rigoroso de avaliação por pares, baseado nas contribuições para a micologia clínica de cada um dos seus elementos. Os pré-requisitos para a candidatura a FECMM incluem pelo menos 15 publicações em micologia clínica em periódicos científicos com revisão por pares, desenvolvimento de atividades que promovam a área da micologia clínica e organização de atividades científicas com base internacional.
A atribuição do estatuto de FECMM a Raquel Sabino representa um reconhecimento do trabalho da investigadora e colaboradores e teve por base as atividades de investigação desenvolvidas no Instituto Ricardo Jorge e em colaboração com outras instituições nacionais e internacionais. “Esta posição permite a ocorrência de um maior número de solicitações a nível nacional e internacional como líder de opinião nesta área científica, possibilita o acesso a uma rede global de especialistas e investigadores de renome em micologia clínica e proporciona o seu reconhecimento como investigadora preferencial para submissão de projetos de investigação em micologia, podendo assim também contribuir para um cada vez maior aumento de visibilidade e impacto do INSA na comunidade científica internacional”, explica.
Licenciada em Biologia Microbiana e Genética (2002) pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e doutorada em Ciências Biológicas (2010) pela Universidade do Minho, Raquel Sabino ingressou no Instituto Ricardo Jorge em 2001, onde tem desempenhado funções na Unidade de Referência de Infeções Parasitárias e Fúngicas do Departamento de Doenças Infeciosas. Pós-doutorada (2011-2015) em epidemiologia molecular e suscetibilidade de Aspergillus, a investigadora tem como maiores interesses de estudo as infeções fúngicas nosocomiais e o diagnóstico e epidemiologia das infeções fúngicas.
No âmbito do seu projeto de pós-doutoramento, que resultou de uma colaboração entre o Instituto Ricardo Jorge, a Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford e o California Institute of Medical Research, Raquel Sabino tem recebido vários prémios internacionais como reconhecimento da sua investigação em Aspergillus, contando atualmente com mais de 40 artigos científicos publicados em revistas internacionais. Membro do corpo editorial da revista Medical Mycology, Raquel Sabino é ainda embaixadora portuguesa da organização internacional Global Action Fund for Fungal Infections (GAFFI) e uma das representantes portuguesas do grupo LIFE(Leading International Fungal Education).