Portugal tem das mais elevadas taxas de cobertura vacinal em todo o mundo

29/05/2019

Saiba mais, leia o artigo da jornalista Vera Lúcia Arreigoso. Vida Extra, Jornal Expresso


Parabéns aos pais Portugueses!

Cobertura vacinal aumentou em todas as indicações e idades, atingindo valores recorde. Médicos e autoridades de saúde empenharam-se no apelo à imunização e os pais cumpriram, protegendo as crianças e, com elas, todos nós. Portugal é um exemplo para o mundo, aplaudamos!

Ponham os olhos no pequenino país no sudoeste da Europa: tem das mais elevadas taxas de cobertura vacinal em todo o mundo. Quando muitos países enfrentam a reemergência de ameaças outrora eliminadas, Portugal consegue garantir uma cobertura vacinal capaz de nos proteger a todos enquanto grupo, comunidade.

O sarampo é um exemplo que chega por si. A Europa ou os Estados Unidos da América debatem-se com sucessivos surtos, alguns severos, os peritos internacionais alertam que a percentagem de pessoas que vão contrair a doença aumentará 50% até 2050 mesmo que, entretanto, a imunização se torne obrigatória para entrar na escola – como publicado, no início do mês, na revista «BMC Medicine». E em Portugal? Pois, por cá a adesão à vacinação foi ainda maior do que nos últimos anos, atingindo 97% de índice de proteção.

Segundo o boletim do Programa Nacional de Vacinação deste mês, aos dois anos de idade 99% das crianças estavam imunizadas com a primeira dose antissarampo e, entre os 6 e os 18 anos, a segunda dose tinha sido administrada entre 96% e 98% dos jovens. Ou seja, «estas coberturas permitem manter o cumprimento dos objetivos do Programa Nacional de Eliminação do Sarampo e dos requisitos internacionais» e «Portugal poderá manter o estatuto de país com a eliminação do sarampo, reconhecido pelo OMS desde 2012 e certificado desde 2015», explicam os peritos da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Mas há outros exemplos além do ameaçador e contagioso sarampo: «Observou-se um aumento das coberturas vacinais em relação aos valores do ano anterior para todas as vacinas, doses e idades avaliadas.» Nos mais pequenos, «todas as vacinas e doses avaliadas até aos 7 anos de idade atingem o objetivo de 95% de cobertura.» E com a vacinação feita sem atrasos, sobretudo no primeiro ano de vida, precisamente um dos mais importantes para a proteção da criança.

O mesmo sucesso foi registado noutras faixas etárias. No caso da imunização contra o vírus do papiloma humano (HPV), iniciada nas raparigas há cerca de dez anos, «a cobertura vacinal revela os valores mais elevados de sempre, atingindo os 90% para duas doses e chegando aos 94% aos 14 anos». Outro exemplo é dado pelas grávidas. A vacinação contra a tosse convulsa, para assegurar a proteção dos recém-nascidos ainda na barriga das mães, aumentou neste segundo ano após o início do programa e os especialistas da DGS estão convictos de que será expectável «o controlo da tosse convulsa nas crianças até aos dois meses de idade». Ou seja, até poderem ser elas próprias as vacinadas.

A comunidade médica, incluindo profissionais e responsáveis de saúde, tem o mérito de manter a população informada e, assim, capaz de não se iludir pelas crenças contra as vacinas agora tão na moda. E os portugueses, sobretudo os que têm crianças sob a sua alçada, têm o mérito de serem responsáveis enquanto pais e cidadãos no que à saúde de todos diz respeito.

Aliás, segundo estudos da própria Comissão Europeia, Portugal tem a proporção mais elevada, acima de 95%, de pessoas que acreditam na segurança, efetividade e importância das vacinas. Nada mal, até porque Portugal é um dos países mais envelhecidos do mundo, portanto, é de aplaudir todo o bem que faz para proteger as suas crianças e jovens. E proteger vacinando não é só evitar a morte, é promover a sua saúde. Um dos efeitos secundários das vacinas nas crianças, totalmente demonstrado, é criar adultos.

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