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Psicólogos do INEM atenderam quase 21 mil chamadas em 2018

30/05/2019

O Centro de Apoio Psicológico do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) atendeu uma média superior a 50 chamadas por dia em 2018, num total de quase 21 mil chamadas, o que significa um aumento de atividade de 33% comparativamente a 2017.

Segundo os dados oficiais do INEM, nos primeiros quatro meses de 2019 a média de chamadas diárias continua a manter-se acima das 50, num total de 6.844 chamadas até 30 de abril, uma média mensal de 1.700 atendimentos.

O Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise do INEM, criado em 2004, tem como objetivo atender a necessidades psicossociais, sendo composto atualmente por uma equipa de 17 psicólogos que trabalham em regime de 24 horas no CODU – Centro de Orientação de Doentes Urgentes e também fazem deslocações de rua, em viaturas de intervenção psicológicas de emergência (como uma ambulância).

Em 2017, os psicólogos atenderem quase 16 mil chamadas, valor que aumentou para 20.951 em 2018. Comparando, por exemplo, com os valores de há cinco anos, os números mais do que duplicaram em relação a 2013.

Sara Rosado, psicóloga do INEM, entende que o aumento do número de intervenções do Centro de Apoio Psicológico é justificado tanto pelo ligeiro acréscimo de profissionais como pelo crescimento das solicitações e dos casos em que são necessários.

Os psicólogos do INEM – que trabalham 24 horas por dia – recebem os casos encaminhados pelos colegas do CODU, quando as chamadas que chegam pelo 112 requerem intervenção ou apoio psicológico, após a triagem que é feita.

Neste âmbito, e pelo contacto telefónico, a maioria das intervenções dos psicólogos respeita a situações de ansiedade ou crise psicológica ou casos de comportamento suicidário.

Já nas situações de rua, em que é acionada a Unidade Móvel de Intervenção (UMIPE), a maioria das saídas dos psicólogos relaciona-se com casos de morte inesperada, como homicídios, suicídios ou situações com múltiplas vítimas.

No âmbito das UMIPE, os profissionais dão assistência a vítimas de acidentes ou familiares, apoiam nos processos de luto por morte inesperada ou traumática e também acorrem a situações de risco iminente de suicídio ou intervêm com vítimas de abuso ou violação sexual.

Aliás, segundo os dados oficiais, das 757 saídas registadas em 2018 os psicólogos fizeram intervenção em 2.285 pessoas. Nos primeiros quatro meses deste ano, as UMIPE já foram acionadas 222 vezes. Acresce ainda os contactos posteriores que são necessários após cada intervenção, os follow-up que dão continuidade ao trabalho que é feito na rua ou no âmbito do CODU, salienta Sara Rosado.

Fonte: Lusa

Para saber mais, consulte:

Instituto Nacional de Emergência Médica – https://www.inem.pt/

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