09/07/2019
Decorre esta quarta-feira, dia 10 de julho, no auditório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), em Lisboa, o Simpósio «CIOI – Obesidade Infantil».
Promovido pelo Departamento de Alimentação e Nutrição, enquanto Centro Colaborativo da Organização Mundial da Saúde (OMS)/Europa para os assuntos de Nutrição e Obesidade Infantil, o evento visa dar continuidade à temática debatida na Conferência Internacional de Obesidade Infantil, efetuada em 2017 (CIOI 2017).
Neste simpósio serão apresentados os dados preliminares do COSI Portugal 2019, sistema de vigilância nutricional infantil integrado no estudo Childhood Obesity Surveillance Initiative (COSI) da OMS/Europa, pela investigadora principal do estudo, Ana Rito.
O programa do Simpósio «CIOI – Obesidade Infantil» terá início com uma conferência inaugural, proferida por João Breda, coordenador do Departamento Europeu de Prevenção e Controle de Doenças Não Transmissíveis da OMS. Após a apresentação dos dados preliminares do estudo COSI Portugal 2019, haverá lugar para um debate sobre «10 anos de perfil epidemiológico infantil e de saúde pública», inserido no âmbito das comemorações dos 120 anos do INSA.
O COSI visa criar uma rede sistemática de recolha, análise, interpretação e divulgação de informação descritiva sobre as características do estado nutricional infantil de crianças dos 6 aos 8 anos, que se traduz num sistema de vigilância que produz dados comparáveis entre países da Europa e que permite a monitorização da obesidade infantil a cada 2-3 anos.
Esta iniciativa da Região Europeia da OMS, na qual Portugal participa desde o seu início em 2007, encontra-se atualmente implementada em mais de 40 dos 53 países da OMS/Europa, constituindo-se como maior estudo europeu da OMS com cerca de 300 mil crianças participantes.
Em Portugal, o COSI é coordenado cientificamente pelo INSA, em articulação com a Direção-Geral da Saúde, contando com a colaboração de todas as Administrações Regionais de Saúde e ainda com as Direções Regionais de Saúde dos Açores e da Madeira, designadamente o Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais da Madeira. O estudo é realizado por cerca de 200 profissionais de saúde.
Na última década, Portugal tem vindo a apresentar uma tendência invertida da prevalência de excesso de peso e obesidade infantil, tendo-se verificado, de 2008 para 2016, uma redução de 7,2% (37,9% para 30,7%) e 3,6% (15,3% para 11,7%) nas respetivas prevalências. No período entre 2008 (1.ª ronda) e 2016 (4.ª ronda), todas as regiões portuguesas mostraram um decréscimo na prevalência de excesso de peso (incluindo obesidade).
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