Tendência de diminuição do excesso de peso e obesidade nas crianças – DGS / INSA

Tendência de diminuição do excesso de peso e obesidade nas crianças

A Direção-Geral da Saúde (DGS) destaca os mais recentes dados do estudo COSI (Childhood Obesity Surveillance Initiative) que confirmam a diminuição das prevalências de excesso de peso e obesidade infantil em Portugal.

Segundo dados preliminares da 5ª fase do COSI Portugal (Sistema de Vigilância Nutricional Infantil do Ministério da Saúde), verificou-se uma diminuição do excesso de peso nas crianças de 37,9% em 2008 para 29,6% em 2019.

A Direção-Geral da Saúde é parceira do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge no âmbito do COSI. O COSI é implementado a nível regional pelas Administrações Regionais de Saúde, pela Direção Regional de Saúde dos Açores e pelo Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais da Madeira.

Relativamente aqueles resultados, sublinha-se o provável impacto das atividades desenvolvidas pelo Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da DGS e da Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável, que refletem o compromisso da Saúde em todas as políticas, em articulação com os diversos parceiros, com a sociedade civil e com os cidadãos.

Realçam-se, ainda, todos os referenciais e orientações na área da promoção da alimentação saudável e da literacia em saúde, que contribuem para a meta, já alcançada, do Plano Nacional de Saúde de controlar a incidência e a prevalência de excesso de peso e obesidade na população infantil e escolar, limitando o crescimento até 2020.

Com a evolução e o trabalho desenvolvido ao longo de anos, o nosso País cumpre o desafio lançado em 2006, na Conferência Interministerial da Organização Mundial da Saúde (OMS) em que Portugal assinou a Carta Europeia da Luta contra a Obesidade, uma vez que consegue, não só travar o crescimento desta epidemia nas crianças, como inverter a tendência crescente.


COSI Portugal 2019: Excesso de peso e Obesidade infantil continuam em tendência decrescente

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10-07-2019

Nos últimos 11 anos, Portugal tem vindo a apresentar, consistentemente, uma tendência invertida nas prevalências de excesso de peso e obesidade infantil. Segundo dados preliminares da 5ª fase do COSI Portugal, sistema de vigilância nutricional infantil integrado no estudo Childhood Obesity Surveillance Initiative da OMS/Europa, coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, verificou-se de 2008 para 2019 uma redução de 8,3% (37,9% para 29,6%) e 3,3% (15,3% para 12,0%) nas respetivas prevalências.

Entre 2008 (1ª ronda) e 2019 (5ª ronda), todas as regiões portuguesas mostraram um decréscimo na prevalência de excesso de peso (incluindo obesidade). Este decréscimo foi mais acentuado na Região dos Açores, com uma diminuição de 10,7% (46,6% em 2008 vs 35,9% em 2019), e na região do Centro (38,1% em 2008 vs 28,9% em 2019), com uma diminuição na prevalência de 9,2% nos últimos 11 anos.

Em relação apenas ao estudo COSI Portugal 2019, observou-se que a Região do Algarve foi a que apresentou menor prevalência de excesso de peso infantil (21,8%) e os Açores a que apresentou a maior prevalência (35,9%). A Região do Alentejo foi a que apresentou menor prevalência de obesidade infantil (9,7%).

Ainda de acordo com os dados preliminares deste estudo, apresentados durante o Simpósio “CIOI – Obesidade Infantil”, que se encontra a decorrer, em Lisboa, no auditório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, em 2018/2019, a prevalência de baixo peso foi de 1,3%, a prevalência de excesso de peso (pré-obesidade + obesidade) foi de 29,6% e destes 12% apresentavam obesidade infantil.

Coordenado por Ana Rito, investigadora do Departamento de Alimentação e Nutrição do Instituto Ricardo Jorge, o COSI Portugal 2019 revela também que a prevalência de baixo peso foi maior nos rapazes (1,6%) comparativamente com as raparigas (0,9%). Igualmente o excesso de peso e obesidade infantil foi mais prevalente nos rapazes (29,6% – 13,4%) do que nas raparigas (29,5% – 10,6%), respetivamente.

À semelhança das rondas anteriores, verificou-se que a prevalência de obesidade infantil aumenta com a idade. Em 2018/2019, 15,3% de crianças de 8 anos tinham obesidade, incluindo 5,4% de obesidade severa, comparativamente com as crianças de 6 anos que apresentaram 10,8% de obesidade, incluindo 2,7% de obesidade severa

Na 5ª ronda COSI Portugal, realizada durante o ano letivo 2018/2019, foram propostas 8844 crianças de escolas do 1º ciclo do Ensino Básico das regiões de Portugal, tendo sido avaliadas 7210 crianças (48,9% raparigas e 51,1% rapazes), entre os 6 e os 8 anos de idade, de 228 escolas participantes. Esta amostra é a maior de todas as fases decorridas até ao momento (2008, n=3765; 2010, n=4064; 2013, n=5935; 2016, n=6745).

O COSI Portugal está integrado no sistema europeu de vigilância nutricional infantil, no qual participam 43 países da Região Europeia da OMS, e constitui por excelência o estudo principal que providencia dados de prevalência de baixo peso, excesso de peso e obesidade de crianças portuguesas dos 6 aos 8 anos.

Coordenado cientificamente pelo Instituto Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Alimentação e Nutrição e em articulação com a Direção-Geral da Saúde, o COSI Portugal conta com a colaboração, a nível regional, de todas as Administrações Regionais de Saúde e ainda com as Direções Regionais de Saúde dos Açores e da Madeira, designadamente o Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais da Madeira. Portugal participa nesta iniciativa da OMS/Europa desde o seu início.

Childhood Obesity Surveillance Initiative – COSI Portugal 2019 (dados preliminares)


Tendência de diminuição do excesso de peso e obesidade nas crianças

A Secretária de Estado da Saúde, Raquel Duarte, congratulou-se hoje com a redução da prevalência do excesso de peso infantil em Portugal, mas avisou que é preciso olhar para as ameaças e não «descansar sobre os louros».

«São boas notícias, mas é preciso olhar para ameaças como as assimetrias regionais e o aumento da prevalência com a idade, por exemplo. Temos excelentes resultados, mas é preciso não descansar sobre os louros», referiu Raquel Duarte.

A Secretária de Estado da Saúde falava a propósito dos dados do COSI (Childhood Obesity Surveillance Initiative) que confirmam a diminuição das prevalências de excesso de peso e obesidade infantil em Portugal.

Raquel Duarte chamou ainda a atenção para os últimos dados relativos aos hábitos alimentares em Portugal, que indicam que 40% dos adolescentes bebe refrigerantes diariamente, mais de metade tem um consumo de hortofrutícolas abaixo do recomendável e mais de 20% consome açúcar acima dos níveis recomendados.

«Não basta a literacia. É preciso trabalhar em conjunto, seja com os municípios, para a criação de parques para as crianças brincarem na rua, seja com as escolas, na promoção da atividade física», acrescentou.

Segundo dados preliminares da 5.ª fase do COSI Portugal (Sistema de Vigilância Nutricional Infantil do Ministério da Saúde), verificou-se uma diminuição do excesso de peso nas crianças de 37,9% em 2008 para 29,6% em 2019.

De acordo com o COSI Portugal 2019, coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), a prevalência da obesidade infantil aumentou com a idade, com 15,3% das crianças de oito anos obesas, incluindo 5,4% com obesidade severa, um valor que é de 10,8% nas crianças de seis anos (2,7% obesidade severa).

Por regiões, os Açores são a região com maior prevalência de excesso de peso infantil, com uma em cada três crianças com peso a mais, apesar de terem sido a região que mais reduziu este valor desde a anterior recolha de dados, que avaliou 7.210 crianças de 228 escolas de Portugal continental, Açores e Madeira.

Presente na apresentação destes dados, que decorreu no INSA, em Lisboa, a Diretora-Geral da Saúde (DGS), Graça Freitas, sublinhou os bons resultados obtidos nesta área, lembrando que permitem atingir antes da data a meta do Plano Nacional de Saúde nesta matéria.

«A DGS está fortemente empenhada nesta matéria e duas das prioridades são a atividade física e a alimentação saudável», afirmou Graça Freitas.

João Breda, da Organização Mundial da Saúde/Europa (OMS/Europa), destacou a melhoria nos resultados de Portugal, que de um segundo lugar (no primeiro COSI, em 2008) na lista de países com maior prevalência de excesso de peso infantil passou para meio da tabela.

Com a evolução e o trabalho desenvolvido ao longo de anos, o nosso País cumpre o desafio lançado em 2006, na Conferência Interministerial da OMS em que Portugal assinou a Carta Europeia da Luta contra a Obesidade, uma vez que consegue, não só travar o crescimento desta epidemia nas crianças, como inverter a tendência crescente.

A DGS é parceira do INSA no âmbito do COSI. O COSI é implementado a nível regional pelas administrações regionais de saúde, pela Direção Regional de Saúde dos Açores e pelo Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais da Madeira.

Fonte: Lusa

Para saber mais, consulte:


Excesso de peso e obesidade infantil continuam em tendência decrescente

A Direção-Geral da Saúde (DGS) destaca os mais recentes dados do estudo COSI (Childhood Obesity Surveillance Initiative) que confirmam a diminuição das prevalências de excesso de peso e obesidade infantil em Portugal.

Segundo dados preliminares da 5.ª fase do COSI Portugal (Sistema de Vigilância Nutricional Infantil do Ministério da Saúde), verificou-se uma diminuição do excesso de peso nas crianças de 37,9% em 2008 para 29,6% em 2019.

Relativamente aos resultados, a DGS sublinha o provável impacto das atividades desenvolvidas pelo Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável e da Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável, que refletem o compromisso da saúde em todas as políticas, em articulação com os diversos parceiros, com a sociedade civil e com os cidadãos.

A DGS realça, ainda, todos os referenciais e orientações na área da promoção da alimentação saudável e da literacia em saúde, que contribuem para a meta, já alcançada, do Plano Nacional de Saúde de controlar a incidência e a prevalência de excesso de peso e obesidade na população infantil e escolar, limitando o crescimento até 2020,

Com a evolução e o trabalho desenvolvido ao longo de anos, o nosso país cumpre o desafio lançado em 2006, na Conferência Interministerial da Organização Mundial da Saúde em que Portugal assinou a Carta Europeia da Luta contra a Obesidade, uma vez que consegue, não só travar o crescimento desta epidemia nas crianças, como inverter a tendência crescente.

A DGS é parceira do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge no âmbito do COSI. O COSI é implementado a nível regional pelas administrações regionais de saúde, pela Direção Regional de Saúde dos Açores e pelo Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais da Madeira.

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