15/07/2019
O Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) tem em fase de implementação, desde julho, os Centros de Responsabilidade Integrada (CRI) Cardiovascular e Onco-Cirúrgico, inovadores no país, e de Cirurgia da Obesidade, único no sul.
«Estes três CRI estão em fase de implementação, desde este mês, e aguardam inauguração oficial, o que se espera que ocorra muito em breve», revelou a Presidente do Conselho de Administração do HESE, Maria Filomena Mendes.
Segundo a responsável, estas novas valências são «muito importantes» porque «cobrem áreas» nas quais se registam, no Alentejo, «os maiores níveis de mortalidade», como são «as doenças cardiovasculares e as doenças oncológicas», assim como «um problema que afeta grande parte das pessoas, que é a obesidade».
O Centro de Respostas Integradas ligado à Obesidade, apesar de existirem já outros em diversos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, «é único» na região sul, salientou Maria Filomena Mendes.
«O CRI Onco-Cirúrgico do HESE é inovador no país e também é muito importante porque junta as valências da área da oncologia e da cirurgia», permitindo que «haja uma maior acessibilidade e uma melhor qualidade no atendimento» aos utentes, argumentou.
Estes dois centros, que já contam com equipas multidisciplinares formadas e alguns equipamentos adquiridos, ainda «terão outras melhorias no futuro», mas, para já, estão a começar a funcionar em instalações preexistentes.
O CRI Cardiovascular «tem, neste momento, instalações remodeladas e próprias», bem como «novos equipamentos de topo», o que «permite dar uma resposta que, até agora, não conseguíamos dar», frisou.
A criação destes três centros, que representam «uma nova forma de organização interna», mostra que «os profissionais do HESE estão muito abertos à inovação», elogiou a Presidente.
Maria Filomena Mendes argumentou que «é um processo que está a iniciar-se em poucos hospitais do país e aqui não houve qualquer receio de abraçar o desafio e de construir o futuro», já a pensar no futuro Hospital Central do Alentejo, previsto ser construído em Évora.
«É um modelo de funcionamento completamente distinto, que permite cruzar diferentes serviços e ter sempre o doente no centro e que pode motivar mais os profissionais», pois, «abre a possibilidade de haver diferentes níveis de remuneração consoante os diferentes objetivos que vão alcançando» e «aposta muito na área da formação e da investigação», explicou.
Estes centros são constituídos por equipas multidisciplinares integrando médicos, enfermeiros, assistentes técnicos, assistentes operacionais, gestores e administradores hospitalares e outros profissionais de saúde, de acordo com a área ou áreas de especialidade. Constituem-se através de formas de organização flexíveis direcionadas para dar respostas céleres e de qualidade às necessidades dos utentes.
Fonte: Lusa