18-07-2019
A missão da OMS foi chefiada por Ricardo Mexia, médico de Saúde Pública no Departamento de Epidemiologia, tendo Isabel Lopes de Carvalho, investigadora do Departamento de Doenças Infeciosas, participado na iniciativa com responsabilidades ao nível da avaliação de diferentes áreas técnicas, tais como biossegurança, sistema nacional de laboratórios, notificação e operações de resposta a emergências em saúde.
A avaliação teve como objetivo analisar as capacidades essenciais para a vigilância e resposta da Guiné-Bissau para fazer face a potenciais eventos de saúde pública de dimensão internacional, permitindo uma identificação clara de eventuais insuficiências. O trabalho desenvolvido pelo grupo de peritos internacionais constitui-se também como uma ferramenta operacional que permitirá a Guiné-Bissau avançar para a elaboração do Plano Nacional de Ação para a Segurança Sanitária.
Desde 2015, o Instituto Ricardo Jorge tem participado em várias missões de cooperação com a Guiné-Bissau, nomeadamente ao nível da capacitação de recursos humanos nas áreas do diagnóstico laboratorial e da vigilância epidemiológica de doenças infeciosas. A primeira dessas missões aconteceu, entre março e dezembro de 2015, quando o Instituto foi responsável por assegurar o funcionamento em permanência de um laboratório móvel em Bissau que permitiu garantir a deteção atempada do vírus ébola em amostras de doentes suspeitos de terem contraído a doença.
O RSI é um tratado internacional, revisto em 2005, que estabelece obrigações e direitos aos Estados signatários, no qual todos os países estão obrigados a desenvolver e manter capacidades essenciais para a vigilância e resposta, de forma a poderem detetar, avaliar, notificar e responder a qualquer potencial evento de saúde pública de dimensão internacional. A OMS é a organização das Nações Unidas que detém a principal responsabilidade dos assuntos de saúde internacionais e de saúde publica e que disponibiliza esta ferramenta JEE para a avaliação externa nos diferentes países.
