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Com a temperatura a subir saiba como se prevenir

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19-07-2019

A exposição ao calor intenso pode produzir efeitos negativos na saúde, nomeadamente ao nível da desidratação. As crianças, os doentes crónicos, pessoas com 65 ou mais anos, portadores de doenças crónicas ou pessoas isoladas e em carência económica e social são particularmente vulneráveis. Saiba quais as medidas gerais de prevenção e as medidas específicas a adotar face ao aumento da temperatura ambiente.

Quando a temperatura ambiente é superior à da pele, o corpo, em vez de perder calor, ganha-o, por irradiação e por condução, sendo a transpiração a principal forma de arrefecimento do corpo. Nestas situações, a prioridade é manter-se bem hidratado, aumentando a ingestão de água ou de sumos de fruta natural sem açúcar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Deverá também manter-se afastado das fontes de calor, sempre que possível, procurando ambientes frescos e arejados ou climatizados e evitando a exposição direta ao sol.

Utilizar roupa solta, opaca e que cubra a maior parte do corpo, chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção ultravioleta, e evitar atividades que exijam grandes esforços físicos, nomeadamente, desportivas e de lazer no exterior são outras das recomendações que deverá ter em atenção para se proteger dos efeitos negativos do calor intenso. Para mais informações, consulte a área dedicada aos Efeitos do Calor na Saúde no site da Direção-Geral da Saúde (DGS) ou, se persistirem dúvidas, ligue para o Centro de Contacto SNS 24 (808 24 24 24).

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Epidemiologia, tem ativo, desde o dia 1 de maio, o Sistema de Monitorização e Vigilância ÍCARO, um instrumento de observação no âmbito do qual se estuda o efeito de fatores climáticos na saúde humana. Este sistema, que começou a começou a ser desenvolvido pelo Instituto Ricardo Jorge em 1999, em parceria com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, é ativado todos os anos, entre maio e setembro, emitindo diariamente um índice de alerta que é disponibilizado às autoridades de saúde.

O sistema ÍCARO tem permitido antecipar os efeitos de temperaturas extremas na mortalidade da população portuguesa, contribuindo decisivamente para a preparação que as autoridades de saúde promovem junto da população com o objetivo de a proteger e de minimizar os efeitos do calor na população mais vulnerável, em especial os idosos, as pessoas com doenças crónicas e as crianças. As situações de alerta, as medidas de contingência e a respetiva informação à população são disponibilizadas pela DGS e Administrações Regionais de Saúde.

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