Estudo INSA: Cerca de 38% dos portugueses sofrem de duas ou mais doenças crónicas

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18-07-2019

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Epidemiologia, desenvolveu um estudo focado na utilização dos serviços de saúde por doentes com multimorbilidade, tanto nos cuidados de saúde primários como nos cuidados hospitalares. Resultados obtidos revelam que 38,3% dos portugueses sofrem de duas ou mais doenças crónicas, apresentando estes indivíduos uma maior utilização das consultas nos cuidados de saúde primários, consultas hospitalares e internamentos.

Este trabalho, que teve como fonte de dados o Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF), mostra ainda que os doentes com multimorbilidade têm até 2,4 vezes mais possibilidades de usar os serviços de saúde quando comparados com indivíduos sem doenças crónicas. Foi estabelecida, também, a associação entre o sexo feminino, escalões etários mais elevados e níveis educacionais mais baixos e a maior utilização dos serviços de saúde.

Outro dos resultados da investigação desenvolvida indica ainda que as mulheres apresentam uma possibilidade de utilização 3,7 vezes superior de consultas de medicina geral e familiar e 2,9 vezes de consultas hospitalares. Já os indivíduos mais velhos têm até 2,7 vezes mais possibilidades de recorrer às consultas hospitalares e 1,3 vezes de serem internados.

A multimorbilidade, definida habitualmente como a presença de duas ou mais doenças crónicas no mesmo individuo, é reconhecida como um problema fundamental da saúde pública e dos cuidados de saúde nas sociedades modernas. Estes doentes têm necessidades de saúde acrescidas e são responsáveis por um maior volume de trabalho dos serviços de saúde.

“A existência de evidência científica, para a realidade nacional, quanto à utilização dos serviços de saúde por doentes com multimorbilidade, poderá sustentar alterações nas políticas de saúde que permitam uma gestão mais eficiente destes doentes”, referem os autores nas conclusões do trabalho. “Healthcare use in patients with multimorbidity” foi publicado no “Euroepan Journal of Public Health” e pode ser consultado aqui.


Cerca de 38% dos portugueses sofrem de duas ou mais doenças crónicas

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Epidemiologia, desenvolveu um estudo focado na utilização dos serviços de saúde por doentes com multimorbilidade, tanto nos cuidados de saúde primários como nos cuidados hospitalares. Resultados obtidos revelam que 38,3% dos portugueses sofrem de duas ou mais doenças crónicas, apresentando estes indivíduos uma maior utilização das consultas nos cuidados de saúde primários, consultas hospitalares e internamentos.

Este trabalho, que teve como fonte de dados o Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF), mostra ainda que os doentes com multimorbilidade têm até 2,4 vezes mais possibilidades de usar os serviços de saúde quando comparados com indivíduos sem doenças crónicas. Foi estabelecida, também, a associação entre o sexo feminino, escalões etários mais elevados e níveis educacionais mais baixos e a maior utilização dos serviços de saúde.

Outro dos resultados da investigação desenvolvida indica ainda que as mulheres apresentam uma possibilidade de utilização 3,7 vezes superior de consultas de medicina geral e familiar e 2,9 vezes de consultas hospitalares. Já os indivíduos mais velhos têm até 2,7 vezes mais possibilidades de recorrer às consultas hospitalares e 1,3 vezes de serem internados.

A multimorbilidade, definida habitualmente como a presença de duas ou mais doenças crónicas no mesmo individuo, é reconhecida como um problema fundamental da saúde pública e dos cuidados de saúde nas sociedades modernas. Estes doentes têm necessidades de saúde acrescidas e são responsáveis por um maior volume de trabalho dos serviços de saúde.

«A existência de evidência científica, para a realidade nacional, quanto à utilização dos serviços de saúde por doentes com multimorbilidade, poderá sustentar alterações nas políticas de saúde que permitam uma gestão mais eficiente destes doentes», referem os autores nas conclusões do trabalho. «Healthcare use in patients with multimorbidity» foi publicado no «Euroepan Journal of Public Health».

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