22-07-2019
Investigadores do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, associados ao Instituto de Biosistemas e Ciências Integrativas (BioISI) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, descreveram uma nova perspetiva sobre efeitos anti-cancerígenos do ibuprofeno. De acordo com a investigação realizada, este medicamento anti-inflamatório de uso comum impede também as células cancerígenas de produzirem variantes tumorigénicas de certas proteínas.
Os trabalhos da equipa liderada por Peter Jordan, investigador do Departamento de Genética Humana do Instituto Ricardo Jorge, que foram agora resumidos e publicados na revista “European Medical Journal“, revelaram que o ibuprofeno tem ainda outro modo de ação anti-cancerígena: impede as células cancerígenas de produzirem variantes tumorigénicas de certas proteínas, num processo conhecido como splicing alternativo.
No caso do cancro do cólon, uma das variantes tumorigénicas que a equipa de investigação identificou anteriormente caracteriza cerca de 10% dos tumores e estimula a taxa de sobrevivência das células malignas. “O ibuprofeno, mas não outros AINEs como a aspirina, ao contrariar a produção desta variante consegue inibir o crescimento das células malignas”, explica o investigador do Instituto Ricardo Jorge.
“Estudos que identificam marcadores de progressão maligna no início do desenvolvimento tumoral são importantes para desenvolver um diagnóstico mais preciso e uma terapia mais eficaz que seja dirigida especificamente às alterações génicas presentes em cada tumor do doente”, refere ainda Peter Jordan, acrescentando que “um estudo mais sistemático dos efeitos do ibuprofeno poderá agora indicar quais os subgrupos genéticos desta doença que beneficiariam da inclusão deste AINE no regime terapêutico administrado”.
O cancro do cólon e do reto é dos tipos de tumores mais frequentes em Portugal. Segundo os dados mais recentes sobre a incidência de cancro divulgados pela Agência Internacional de Investigação do Cancro (IARC), o cancro do cólon passou a ser, em 2018, a primeira causa de novos casos de cancro em Portugal.
Da autoria de Peter Jordan, Vânia Gonçalves e Paulo Matos, o artigo “A new twist to ibuprofen: alternative action in alternative splicing” pode também ser consultado, em acesso aberto, no repositório científico do Instituto Ricardo Jorge.
Investigadores identificam ação anticancerígena do ibuprofeno
Investigadores do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), associados ao Instituto de Biosistemas e Ciências Integrativas da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, descreveram uma nova perspetiva sobre efeitos anticancerígenos do ibuprofeno.
De acordo com a investigação realizada, este medicamento anti-inflamatório de uso comum impede também as células cancerígenas de produzirem variantes tumorigénicas de certas proteínas.
Os trabalhos da equipa liderada por Peter Jordan, investigador do Departamento de Genética Humana do INSA, que foram agora resumidos e publicados na revista «European Medical Journal», revelaram que o ibuprofeno tem ainda outro modo de ação anticancerígena: impede as células cancerígenas de produzirem variantes tumorigénicas de certas proteínas, num processo conhecido como splicing alternativo.
No caso do cancro do cólon, uma das variantes tumorigénicas que a equipa de investigação identificou anteriormente caracteriza cerca de 10% dos tumores e estimula a taxa de sobrevivência das células malignas. «O ibuprofeno, mas não outros AINEs (anti-inflamatórios não esteroides) como a aspirina, ao contrariar a produção desta variante consegue inibir o crescimento das células malignas», explica o investigador do INSA.
«Estudos que identificam marcadores de progressão maligna no início do desenvolvimento tumoral são importantes para desenvolver um diagnóstico mais preciso e uma terapia mais eficaz que seja dirigida especificamente às alterações génicas presentes em cada tumor do doente», refere ainda Peter Jordan, acrescentando que «um estudo mais sistemático dos efeitos do ibuprofeno poderá agora indicar quais os subgrupos genéticos desta doença que beneficiariam da inclusão deste AINE no regime terapêutico administrado».
O cancro do cólon e do reto é dos tipos de tumores mais frequentes em Portugal. Segundo os dados mais recentes sobre a incidência de cancro divulgados pela Agência Internacional de Investigação do Cancro, o cancro do cólon passou a ser, em 2018, a primeira causa de novos casos de cancro em Portugal.
Da autoria de Peter Jordan, Vânia Gonçalves e Paulo Matos, o artigo «A new twist to ibuprofen: alternative action in alternative splicing» pode também ser consultado, em acesso aberto, no repositório científico do INSA.
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