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CHUC | Técnica de Vecchietti: Centro hospitalar  já efetuou 16 cirurgias para criação de neovagina

24/07/2019

O Serviço de Ginecologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) realizou, desde 2006, cirurgias em 16 jovens para a criação de uma «neovagina».

«Em Portugal, a técnica de Vecchietti tem sido utilizada no Serviço de Ginecologia do CHUC desde 2006, com recurso a cirurgia minimamente invasiva», de acordo com a Diretora daquele Serviço, Fernanda Águas.

A responsável explica que «a primeira tentativa de criação de uma vagina terá sido realizada por Dupuytren em 1827» e, desde aí, «foram seguidos vários métodos/técnicas para ampliar ou criar uma vagina em casos de malformação congénita» desse órgão.

«A técnica cirúrgica que, segundo a literatura especializada, tem apresentado resultados mais satisfatórios, é a descrita por Vecchietti em 1965, tendo sido, posteriormente, utilizada por Fedele de modo menos invasivo com recurso à laparoscopia», conta.

Em 2000, houve o relato «de uma série de 52 casos tratados desta forma com sucesso», acrescenta.

O CHUC também tem, desde 2011, uma Unidade de Reconstrução Génito-Urinária e Sexual (URGUS), que é uma Unidade de Referência do Serviço Nacional de Saúde e que está vocacionada também para dar apoio especializado a pessoas com malformações congénitas génito-urinárias.

Na semana passada, a agência Lusa noticiou que o Centro Materno-Infantil do Norte realizou uma cirurgia «inovadora» e minimamente invasiva no tratamento de malformações uterinas e vaginais que, através da criação de uma «neovagina», permite que as jovens mulheres possam ter uma vida sexual futura.

O objetivo desta nova intervenção cirúrgica é simples: oferecer a «melhor resposta» e «tratar da melhor forma possível» um quadro clínico que afeta a qualidade de vida e autoestima de uma em cada 4.500 jovens mulheres que sofrem de síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser (MRKH).

Esta malformação congénita do aparelho reprodutor é caracterizada pela ausência da vagina ou encurtamento do canal vaginal e surge, normalmente, associada à ausência de menstruação, ausência de útero e dores pélvicas, por vezes, apenas detetadas em exames ginecológicos.

Fonte: Lusa

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