29/07/2019
O Hospital José Joaquim Fernandes – Beja (Hospital de Beja), integrado na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), já tem financiamento comunitário assegurado para comprar um equipamento de ressonância magnética, que custa um milhão de euros (M€), para servir o único distrito onde atualmente não se fazem exames deste tipo.
A candidatura para obter cofinanciamento comunitário para a compra de um equipamento de ressonância magnética para o Hospital de Beja foi «recentemente aprovada», segundo a Presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, Conceição Margalha.
Desta forma, o financiamento necessário para comprar o equipamento está «garantido» em 85% por fundos comunitários, através do programa Portugal 2020, sendo os restantes 15% assegurados por verbas da ULSBA, que gere o Hospital de Beja, precisou a responsável.
A ULSBA vai preparar e depois lançar o concurso público para a compra do equipamento, disse, referindo que a «previsão» é de que seja comprado e instalado «durante o ano de 2020» e comece a funcionar «em 2021», quando «Beja deixará de ser o único distrito do país sem ressonância magnética».
«É uma necessidade sentida há muito tempo», porque, atualmente, «Beja é o único distrito do país onde não existe qualquer equipamento» para realização de exames de ressonância magnética, nem nos dois hospitais, o de Beja, gerido pela ULSBA, e o de Serpa, gerido pela misericórdia, nem em entidades privadas de radiologia.
Segundo Conceição Margalha, o exame de ressonância magnética é «muito importante em muitas patologias» e a falta do equipamento «obriga» a ULSBA a requisitar a realização de exames em entidades privadas convencionadas com o Serviço Nacional de Saúde situadas fora do distrito de Beja, sobretudo em Évora e Lisboa.
De acordo com a Presidente do Conselho de Administração, em 2018 a ULSBA requisitou a entidades privadas convencionadas 2.083 exames de ressonância magnética, que custaram um total de 384.250 euros.
No primeiro semestre deste ano, foram requisitados pela ULSBA a entidades privadas convencionadas 675 exames de ressonância magnética, que custaram 195.719 euros, revelou ainda a responsável.