30/07/2019
O Hospital José Joaquim Fernandes – Beja (Hospital de Beja), integrado na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), realizou a primeira ablação de fibrilhação auricular pela técnica de crioablação no Sul de Portugal, tornando-se «pioneiro» nesta região no procedimento «minimamente invasivo» para corrigir esta perturbação do ritmo cardíaco.
Trata-se de um procedimento «minimamente invasivo» utilizado para corrigir, através do isolamento elétrico das veias pulmonares na aurícula esquerda, a perturbação do ritmo cardíaco conhecida como fibrilhação auricular.
O procedimento foi realizado por uma equipa multidisciplinar composta pelo cardiologista Luís Moura Duarte, pela anestesista Luísa Elisiário, pelo electrofisiologista João de Sousa e pelo cirurgião cardíaco Javier Gallego, além de enfermeiros e técnicos de cardiopneumologia e radiologia da ULSBA.
A fibrilhação auricular é a anomalia mais comum do ritmo cardíaco e mais frequente à medida que se envelhece, refere a ULSBA, indicando que se estima que «afete cerca de 1% da população» e que se observa em 5% das pessoas com mais de 65 anos e em 10% com mais de 80 anos.
Segundo o cardiologista Luís Moura Duarte, a fibrilhação auricular «aumenta o risco» de insuficiência cardíaca e de acidente vascular cerebral (AVC) e é um «fator de risco para o desenvolvimento de demências».
«É uma condição que aporta custos para a população e, por isso, é com orgulho que o hospital de Beja passa agora a ser um centro que vem ajudar a tratar esta patologia», afirma Luís Moura Duarte.
A ablação pela técnica de crioablação neutraliza os impulsos elétricos anormais do tecido cardíaco e «pode ser a solução para tratar a fibrilhação auricular quando não está controlada pela medicação», explica a ULSBA.
Para saber mais, consulte:
ULSBA > Hospital de beja é pioneiro a tratar fibrilhação auricular a sul do país