Investir em Saúde 2019: CHUCB vence prémio na categoria «Modelos Centrados no Doente»

09/10/2019

O Projeto de Telemonitorização de Doentes com Insuficiência Cardíaca Crónica (ICC) do CHUCB, liderado pelo médico cardiologista, Luis Oliveira, venceu o prémio «Investir em Saúde 2019», na categoria «Modelos Centrados no Doente».

Este projeto consiste num programa pioneiro do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e faz parte de um sistema integrado de acompanhamento de doentes referenciados com esta situação clínica.

Além da telemonitorização, incluí também tratamentos de reabilitação cardíaca e medição dos resultados em saúde. Tem como principais objetivos a deteção precoce de complicações ou episódios de descompensação, a melhoria da evolução da doença – monitorizando a adesão ao tratamento e seus efeitos, a prevenção de hospitalizações e a redução de custos em saúde.

Desenvolvido por uma equipa multidisciplinar, este projeto abrange doentes com ICC, do universo de doentes seguidos pelo Serviço de Cardiologia do CHUCB.

O acompanhamento é feito no domicílio, onde são realizadas diariamente medições de diversos parâmetros, o que permite detetar precocemente alterações na condição de saúde e atuar atempadamente. Assim, a cada utente é entregue um kit de monitorização composto por um tablet e um conjunto de equipamentos de medição (oxímetro, termómetro, esfigmomanómetro, balança e pedómetro/monitor de atividade física).

A todos é garantido acompanhamento inicial e formação no uso e colocação dos referidos dispositivos médicos, por forma a poderem realizar a monitorização diária dos respetivos parâmetros.

Todos os equipamentos, com exceção do termómetro, possuem capacidade bluetooth. A monitorização das medições efetuadas pelos doentes e pelos dispositivos com bluetooth é supervisionada diariamente por um Centro de Triagem e Monitorização que além da verificação dos dados, tem implementado um protocolo personalizado, criado pelos médicos do CHUCB, para fazer a despistagem de sintomas de alerta para a evolução do estado da ICC.

Até ao momento, a telemonitorização domiciliária já provou ter efeitos positivos na diminuição do recurso aos meios hospitalares e na melhoria da qualidade de vida dos doentes. Após o primeiro ano de implementação, os resultados de saúde alcançados são evidenciados pela diminuição de internamentos, redução de dias de internamento e redução de episódios de urgência.

Além disso, o projeto aproxima a ligação entre os profissionais de saúde e os doentes, aumentando a capacidade de monitorização remota do doente e uma gestão personalizada de casos de alto risco/crónicos, através do acesso a mais e melhor informação sobre a evolução do estado de saúde do doente, verificando-se assim uma efetiva melhoria da informação clínica.

Uma das características diferenciadoras deste programa está relacionada com o papel ativo do doente, passando o próprio a reconhecer/identificar o seu estado de saúde, o que tem impacto efetivo no seu estilo de vida e na autogestão da sua condição crónica.

Para saber mais, consulte:

CHUCB – http://www.chcbeira.pt/