11/10/2019
A Diretora-Geral da Saúde advertiu esta sexta-feira, dia 11 de outubro de 2019, que é impossível prever a gravidade da próxima época de gripe, sublinhando a importância de o país se «preparar o melhor possível», sobretudo através da vacinação.
Em declarações aos jornalistas, à margem de uma reunião sobre a época gripal passada, a Diretora-Geral da Saúde recomendou também que os doentes crónicos consultem o médico assistente e mantenham a sua medicação atualizada, alertando que muitas doenças podem descompensar com a gripe, como o caso da diabetes.
Além disso, as pessoas devem tomar medidas de proteção contra o frio e estar atentas às recomendações que vão sendo dadas pelas autoridades de saúde, porque o «inverno é uma estação mais agressiva que as outras».
Graça Freitas recordou que não é possível prever como será a intensidade da atividade gripal a cada ano, aconselhando a vacina contra a gripe a todos os grupos que tenham recomendação para a tomar, como idosos, alguns doentes crónicos ou até grávidas.
A vacinação contra a gripe começa na segunda-feira, dia 14 de outubro, havendo 1,4 milhões de doses de vacinas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) para administrar gratuitamente aos grupos de risco e mais 600 mil que podem ser compradas nas farmácias mediante receita médica, com uma comparticipação de 37%.
«Cada vez mais se vacina, mais e melhor»
Também o Presidente do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) afirmou que «não se pode prever o adivinhar quando chega a gripe», havendo apenas a certeza «de que vai acontecer».
Fernando Almeida referiu, no âmbito de uma reunião de vigilância do INSA, que a gripe passada foi moderada, uma classificação que mostra que a prevalência não ultrapassou em média os 60 casos por 100 mil pessoas.
«Cada vez mais se vacina, mais e melhor», referiu Fernando Almeida, apelando para que as pessoas «acreditem na vacinação» e compreendam que a vacina as protege da doença e sobretudo de possíveis complicações.
Este ano a vacina é pela primeira vez tetravalente, protegendo contra quatro tipos de vírus, tendo «mais um grau e conferindo mais proteção».
«As pessoas têm de confiar que se tomarem a vacina estão mais protegidas. E se se vacinarem quebram a cadeia de transmissão. A vacinação é não só um meio de proteção individual como coletivo», frisou Fernando Almeida.
No SNS a vacina é gratuita para os cidadãos com idade igual ou superior a 65 anos, para pessoas residentes ou internadas em instituições, para pessoas com algumas doenças definidas, para profissionais de saúde do SNS e para os bombeiros.
A autoridade de saúde recomenda a vacinação aos profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados, incluindo os bombeiros, recordando que têm «maior probabilidade de exposição e de transmissão da gripe a pessoas com maior risco de complicações».
Nos casos em que é gratuita e fortemente recomendada, como idosos, residentes em lares e alguns doentes crónicos, a vacina não necessita de receita médica e dispensa também pagamento de taxa moderadora.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda ainda a vacina a pessoas entre os 60 e os 64 anos, bem como a grávidas ou a alguns doentes crónicos.
A gripe é uma doença contagiosa e que geralmente se cura de forma espontânea. As complicações, quando surgem, ocorrem sobretudo em pessoas com doenças crónicas ou com mais de 65 anos.
Fonte: Lusa
Para saber mais, consulte:
Portal SNS> Vacinação contra a gripe
SNS | Vacina contra a Gripe
Estado investiu 11 M€ nas vacinas, para garantir 1,4 milhões de doses
O Estado investiu este ano mais de 11 milhões de euros (M€) em vacinas contra a gripe para serem dadas gratuitamente a grupos de risco no Serviço Nacional de Saúde (SNS), mais do dobro do que na época gripal passada.
Os números foram hoje revelados pela Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, recordando que este ano pela primeira vez estarão disponíveis em Portugal vacinas tetravalentes, que funcionam para quatro tipos de vírus da gripe (dois do tipo A e dois do tipo B). Até aqui, as vacinas eram no máximo trivalentes e cobriam três tipos de vírus.
A vacina tetravalente faz aumentar a probabilidade de o conteúdo da vacina coincidir com os vírus que vão circular e há a expectativa de a vacina ser mais efetiva e cobrir mais hipóteses de variação do vírus da gripe em circulação, como explicou Graça Freitas hoje aos jornalistas à margem da reunião de vigilância da gripe que decorreu no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, em Lisboa.
O investimento do Estado para ter 1,4 milhões de doses de vacinas no SNS foi este ano de 11,3 milhões de euros, quando no ano passado tinha sido de 4,8 milhões para o mesmo número de vacinas.
«O Estado investiu muito para este suposto ganho em saúde (…). Vamos acompanhar o benefício em termos de menos casos de gripe, gripe menos grave, menos internamentos e menos morte [decorrentes] desta nova vacina. Neste momento é um investimento, supostamente esse investimento vai ter retorno», afirmou a Diretora-Geral da Saúde.
Farmácia: comparticipação de 37%, mediante receita médica
Além das vacinas disponíveis para administrar gratuitamente no SNS a pessoas nos grupos de risco (como idosos ou alguns doentes crónicos), haverá ainda mais de 600 mil doses nas farmácias e que podem ser compradas mediante receita médica.
Ao todo, Portugal terá cerca de dois milhões de doses de vacinas contra a gripe, que começam a estar disponíveis a partir de segunda-feira, sendo a quantidade que «se estima que seja a suficiente e necessária de acordo com o padrão em todo o mundo em termos de vacinação».
As vacinas para as pessoas que não são dos grupos de risco, que têm a vacina gratuita no SNS, podem ser compradas nas farmácias mediante receita médica e com uma comparticipação de 37%.
No SNS a vacina é gratuita para os cidadãos com idade igual ou superior a 65 anos, para pessoas residentes ou internadas em instituições, para pessoas com algumas doenças definidas, como doença pulmonar obstrutiva crónica, para profissionais de saúde do SNS e para os bombeiros.
A autoridade de saúde recomenda a vacinação aos profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados, incluindo os bombeiros, recordando que têm «maior probabilidade de exposição e de transmissão da gripe a pessoas com maior risco de complicações».
Fora do grupo para vacinação gratuita mas em que a vacina é muito recomendada, estão por exemplo as grávidas ou as pessoas entre os 60 e os 64 anos.
Quanto às crianças, a Diretora-Geral da Saúde explica que a vacina só tem elevada recomendação quando há doença crónica associada, como diabetes ou asma.
Nas crianças saudáveis, apesar de vulneráveis à doença e de serem grandes transmissoras, a gripe tem geralmente um quadro benigno, segundo a Diretora-Geral da Saúde.
Fonte: Lusa