Semana 49 | 02 – 08 dezembro 2019
Inverno e atividade gripal
Casos de gripe em Portugal com tendência crescente
Portugal está na fase epidémica da atividade gripal. A atividade gripal apresenta uma tendência crescente, baixa a moderada, semelhante à da região europeia.
De acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS), estima-se que o pico seja atingido entre a última semana do ano e a primeira semana de 2020.
A evolução da atividade gripal não é uniforme em todo o País e tem repercussões na procura de cuidados de saúde.
A nível nacional, nos serviços hospitalares, foram registados cerca de 110 mil episódios de urgência na última semana (semana 49 – entre 2 e 8 de dezembro). Apenas cerca de 2% dos casos foram por síndrome gripal.
Nos cuidados de saúde primários, o número e a proporção de consultas por síndrome gripal também mostram uma tendência crescente em todo o País. A atividade tem sido mais precoce e intensa nas Regiões Norte e Centro.
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge detetou a circulação de vírus da gripe dos tipos A e B, com predomínio do B, na maioria da linhagem Yamagata. Ambos estão incluídos na vacina contra a gripe. Foram ainda identificados outros vírus respiratórios.
Na semana 49 foram atendidas pelo Centro de Contacto SNS 24 cerca de 29 mil chamadas (tendência crescente) para avaliação de sintomatologia, das quais cerca de 3,3% foram por síndrome gripal. Verificou-se estabilidade no número de acionamentos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), cerca de 26 mil.
O número de óbitos por todas as causas em Portugal está dentro do esperado, de acordo com o Sistema de Vigilância Diária da Mortalidade.
Recomendações
- Vacine-se contra a gripe. A vacina deve ser administrada, preferencialmente, até ao final do ano e é a principal medida de prevenção contra a gripe. Tem como objetivo proteger as pessoas mais vulneráveis, prevenindo a doença e as suas complicações.
- Siga as recomendações do seu médico assistente, garantindo a toma adequada da medicação e o controlo de doenças crónicas;
- Não corra para as urgências. Ligue para o Centro de Contacto SNS 24 (808 24 24 24) ou para o INEM, em caso de doença grave. O SNS 24 aconselha, orienta e acompanha.
- Em autocuidado, siga as indicações dos profissionais de saúde. Não tome antibióticos sem indicação médica.
- Hidrate-se, ingerindo água, tisanas, sopas e bebidas quentes, evitando o consumo de álcool.
- Evite a exposição prolongada ao frio e mudanças bruscas de temperatura.
- Mantenha o corpo quente, utilizando várias camadas de roupa e protegendo as extremidades (luvas, gorro, cachecol, meias e calçado quente), especialmente quando estiver no exterior, seja em lazer, trabalho ou em situação de sem-abrigo.
- Mantenha a casa e o local de trabalho aquecidos, garantindo uma adequada ventilação.
- Verifique o estado de funcionamento dos equipamentos de aquecimento (elétricos, a gás e de combustão). O uso incorreto dos equipamentos de combustão (ex.: braseiras, salamandras e lareiras) pode causar intoxicação por acumulação de monóxido de carbono e levar à morte.
- Mantenha regras de higiene e de etiqueta respiratória – lave as mãos, espirre e tussa para o cotovelo, assoe-se e deite fora o lenço de papel. Mantenha distância de outras pessoas em caso de doença respiratória.
- Preste atenção às condições do piso para evitar quedas.
- Adote uma condução defensiva, devido a condições climáticas adversas.
Mantenha-se informado, hidratado e quente!
Não corra para as urgências e não se automedique. Ligue SNS24 (808 24 24 24).
Esteja atento aos grupos mais vulneráveis – crianças, doentes crónicos, pessoas idosas ou isoladas e pessoas sem-abrigo. Seja solidário.
Visite:
Direção-Geral de Saúde – http://www.dgs.pt