Natalidade: 80.700 nascimentos

19/12/2019

Mais de 80.700 bebés nasceram em Portugal até final de novembro, um recorde dos últimos cinco anos para igual período, segundo dados do Programa Nacional do Rastreio Neonatal, conhecido como «teste do pezinho», que cobre a quase totalidade dos nascimentos.

Até final de novembro, foram estudados no âmbito Programa Nacional do Rastreio Neonatal (PNRN) 80.714 recém-nascidos, mais 230 do que em igual período do ano passado (80.484).

Os dados do PNRN, coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana, indicam que em igual período de 2017 tinham sido estudados 79.377 recém-nascidos.

No total do ano, em 2018 foi registado o valor mais alto dos últimos três anos, com 86.827 recém-nascidos estudados. Em 2017 tinham sido 86.180, no ano anterior 87.577 e em 2015 foram 85.056 os bebés estudados no âmbito do rastreio universal de saúde pública.

De acordo com o INSA, mais de 3,8 milhões de recém-nascidos foram rastreadas em 40 anos do “teste do pezinho”, tendo sido detetadas 2.132 crianças com doenças raras que puderam iniciar rapidamente o tratamento.

Desde o arranque do programa e até ao final de 2018, foram rastreadas 3.803.068 crianças e diagnosticados 2.132 casos, 779 dos quais de doenças metabólicas, 1.304 de hipotiroidismo congénito e 49 de fibrose quística, segundo o INSA.

O programa arrancou em Portugal em 1979, com o rastreio da fenilcetonuria, que tem uma prevalência em Portugal de um caso por cada 10.867 nascimentos, e dois anos mais tarde passou a incluir o hipertiroidismo congénito, com uma prevalência de um caso por cada 2.892 nascimentos.

O «teste do pezinho» deve ser realizado entre o terceiro e o sexto dia do bebé e consiste na recolha de gotículas de sangue através de uma picadinha no pé.

Apesar de não ser obrigatório, tem atualmente uma taxa de cobertura de 99,5%, sendo o tempo médio de início do tratamento de 9,9 dias. No início, a cobertura situava-se nos 6,4% e o tratamento iniciava-se em média aos 28,5 dias.

Para saber mais, consulte:

INSA > Programa Nacional de Diagnóstico Precoce


Rastreio Neonatal: 80.714 recém-nascidos estudados até final de novembro

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19-12-2019

Até final de novembro, foram estudados 80.714 recém-nascidos no âmbito Programa Nacional do Rastreio Neonatal (PNRN), mais 230 do que em igual período do ano passado (80.484). De acordo com os dados do PNRN, coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana, este é o valor mais alto dos últimos cinco anos.

Em igual período de 2017, tinham sido estudados 79.377 recém-nascidos, enquanto que em 2016 foram realizados 80.400 “testes do pezinho”.  O maior número de bebés rastreados verificou nos distritos de Lisboa e do Porto, com 24.251 e 14.494 testes efetuados, respetivamente. Por outro lado, Portalegre (565), Bragança (591) e Guarda (653) foram os distritos onde menos recém-nascidos foram estudados.

Em 40 anos do “teste do pezinho”, mais de 3,8 milhões de recém-nascidos foram rastreadas, tendo sido detetadas 2.132 crianças com doenças raras que puderam iniciar rapidamente o tratamento. Desde o arranque do programa e até ao final de 2018, foram rastreadas 3.803.068 crianças e diagnosticados 2.132 casos, 779 dos quais de doenças metabólicas, 1.304 de hipotiroidismo congénito e 49 de fibrose quística.

PNRN realiza, desde 1979, testes de rastreio de algumas doenças graves, em todos os recém-nascidos, o chamado “teste do pezinho”. Este exame é efetuado a partir do terceiro dia de vida do recém-nascido, através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança, e permite diagnosticar algumas doenças graves que clinicamente são muito difíceis de diagnosticar nas primeiras semanas de vida e que mais tarde podem provocar atraso mental, alterações neurológicas graves, alterações hepáticas ou até situações de coma.

O exame deve ser realizado entre o terceiro e o sexto dia de vida do recém-nascido, porque antes do terceiro dia os valores dos marcadores existentes do sangue do bebé podem não ter valor diagnóstico e após o sexto dia alguns marcadores perdem sensibilidade, havendo o risco de atrasar o início do tratamento. Todos os casos positivos são posteriormente encaminhados para a rede de Centros de Tratamento, sediados em instituições hospitalares de referência, contribuindo para a prevenção de doenças e ganhos em saúde.