Rastreio Neonatal: 87.364 recém-nascidos estudados em 2019

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14-01-2020

Em 2019, foram estudados 87.364 recém-nascidos no âmbito do Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética do Departamento de Genética Humana. Em relação a 2018, foram realizados mais 537 “testes do pezinho” (86.827).

Lisboa foi o distrito com o maior número de bebés estudados (26.281), seguido do Porto (15.701) e Setúbal (6.723), enquanto que Portalegre (621), Bragança (629) e Guarda (697) foram os distritos onde menos testes foram efetuados. Outubro foi o mês com mais recém-nascidos rastreados (8.516), seguido de janeiro (8.291) e agosto (7.599).

Analisando os dados desde 2014, verifica-se que nesse ano foram realizados 83.100 “testes do pezinho”, número que subiu para 85.056 em 2015 e para 87.577 em 2016. Em 2017, o número de recém-nascidos estudados diminuiu para 86.180, voltando depois a subir em 2018 (86.827) e em 2019 (87.364).

Desde a sua criação, em 1979, o PNRN, conhecido como “teste do pezinho”, já permitiu o rastreio de mais de 3,8 milhões de recém-nascidos, tendo sido detetadas 2.132 crianças com doenças raras que puderam iniciar rapidamente o tratamento. Até ao final de 2018, foram rastreadas 3.803.068 crianças e diagnosticados 2.132 casos, 779 dos quais de doenças metabólicas, 1.304 de hipotiroidismo congénito e 49 de fibrose quística.

O “teste do pezinho” é um exame efetuado a partir do terceiro dia de vida do recém-nascido, através da recolha de umas gotículas de sangue no pé do bebé, que permite diagnosticar algumas doenças graves que clinicamente são muito difíceis de diagnosticar nas primeiras semanas de vida e que mais tarde podem provocar atraso mental, alterações neurológicas graves, alterações hepáticas ou até situações de coma.

O exame deve ser efetuado entre o terceiro e o sexto dia de vida do recém-nascido, porque antes do terceiro dia os valores dos marcadores existentes do sangue do bebé podem não ter valor diagnóstico e após o sexto dia alguns marcadores perdem sensibilidade. Todos os casos positivos são posteriormente encaminhados para a rede de centros de tratamento, sediados em instituições hospitalares de referência.


Teste do pezinho

14/01/2020

Dados revelam mais 537 nascimentos em 2019

Em 2019, nasceram pelo menos 87.364 bebés em Portugal, mais 537 face ao ano anterior e mais 4.264 do que em 2014, segundo dados dos testes de rastreio do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (PNRN), mais conhecido como «teste do pezinho», divulgados pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA).

Em relação a 2018, ano em que foram estudados 86.827 recém-nascidos, nasceram mais 537 bebés. Lisboa foi o distrito com mais “testes do pezinho” realizados (26.281), seguido do Porto (15.701) e Setúbal (6.723).

Já Portalegre (621), Bragança (629) e Guarda (697) foram os distritos com menos testes realizados em 2019 no âmbito do rastreio, coordenado pelo INSA, através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana, e não ao número de nascimentos em Portugal.

Os meses que registaram o maior número de testes foram outubro (8.516), seguidos de janeiro (8.291) e agosto (7.599).

Analisando os dados desde 2014, os elementos mostram que nesse ano foram realizados 83.100 testes do pezinho, número que subiu para 85.056 em 2015 e para 87.577 em 2016.

Em 2017, caiu para 86.180, voltando a subir em 2018 (86.827) e em 2019 (87.364), de acordo com os dados do INSA.

“Teste do pezinho”

O Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (PNDC), mais conhecido como o “teste do pezinho”, arrancou em 1979 com o objetivo de diagnosticar crianças que sofrem de doenças genéticas que podem beneficiar de tratamento precoce, evitando a ocorrência de atraso mental, doença grave irreversível e até mesmo a morte.

O programa abrange atualmente 26 doenças, 25 das quais de origem genética.

 O “teste do pezinho” deve ser realizado entre o terceiro e o sexto dia do bebé e consiste na recolha de gotículas de sangue através de uma picada no pé do bebé.

Apesar de não ser obrigatório, o Programa Nacional de Rastreio Neonatal tem atualmente uma taxa de cobertura de 99,5%, sendo o tempo médio de início do tratamento de 9,9 dias.

Para saber mais, consulte:

Instituto Ricardo Jorge > Programa Nacional de Diagnóstico Precoce